Agência Pará
pa.gov.br
Ferramenta de pesquisa
ÁREA DE GOVERNO
TAGS
REGIÕES
CONTEÚDO
PERÍODO
De
A
AGRICULTURA E PESCA

Estado garante acesso às políticas públicas para famílias da Floresta Nacional do Tapajós

Número obtido neste ano de 2025, reflete o esforço coletivo da Emater em assegurar crédito rural para extrativistas e indígenas no Pará

Por Governo do Pará (SECOM)
23/12/2025 10h44

Ao longo de 2025, o Governo do Pará, por meio do escritório local da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Pará (Emater) em Belterra, no Baixo Amazonas, documentou 433 famílias da Floresta Nacional (Flona) do Tapajós.

A emissão e a atualização de cadastros nacionais da agricultura familiar (cafs) tem habilitado extrativistas de 24 comunidades e indígenas munduruku das aldeias Bragança, Marituba e Takuara para acesso direto e imediato a políticas públicas como crédito rural. 

Em um sentido também coletivo, o caf jurídico da Cooperativa Mista da Flona Tapajós (Coomflona) propicia, em conjunto com outros critérios, que os 306 cooperados mantenham o manejo sustentável de madeiras nobres.

Este ano, ainda, os indígenas venderam para um consórcio entre Emater, Prefeitura e Governo Federal cerca de dez toneladas de alimentos como tambaqui pescado no Rio Tapajós e açaí in natura pelo Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), com faturamento de R$ 150 mil. Todos os produtos comprados abastecem as próprias aldeias, inclusive a Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Nova Esperança, dentro da aldeia Bragança. 

“A presença da Emater na integralidade da vivência da Flona Tapajós faz toda a diferença para a realidade socioprodutiva, valorização cultural e fortalecimento da existência dessas populações e povos como um todo. São grupos para quem o Governo do Estado atua na promoção de cidadania e dignidade, fortalecendo trabalho e renda, entre outras diretrizes”, aponta o chefe do escritório local da Emater em Belterra, o técnico em agropecuária Ederlan Corrêa.

Ano Novo 

Pela dinâmica de atendimento de 2025, a Emater estima, para 2026, que os habitantes daquela unidade de conservação protagonizem demandas da linha A do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), em parceria com o Banco da Amazônia (Basa), no valor individual de mais de R$ 50 mil. Algumas das atividades a ser financiadas são plantio e beneficiamento de mandioca e criação de galinha-caipira.

Na comunidade Nazaré, por exemplo, Nerivaldo Castro, de 53 anos, pretende reforçar um pedido muito especial no réveillon: “Meu sonho é deslanchar o negócio de avicultura”, resume.

O agricultor familiar vive ali com a esposa, Nelsineide Castro, de 48 anos, e seis dos sete filhos do casal, esses já todos adultos. 

“Eu cheguei a ter 200 bicos, mas precisei sair da Flona por um problema grave na coluna, fiquei mais de ano longe da produção. A ideia é, com injeção de capital, aumentar o número de animais, expandir, construir galpão e cercar área, até pra proteger a criação de ataque de gavião, de raposa. Onça é raro”, conta o presidente da Associação Comunitária dos Moradores Tradicionais e Extrativistas de Nazaré (Ascomten). Atualmente, a família mantém cerca de 80 animais, com comercialização de carne e de ovos. 

Texto de Aline Miranda