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EMPREGO E RENDA

Sine garante a pessoas com deficiência acesso ao mercado de trabalho

Por Redação - Agência PA (SECOM)
04/04/2015 16h09

A inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho, além de gerar emprego e renda, contribui para garantir dignidade a um grupo de pessoas que ainda sofre com a exclusão social. No Pará, o governo do Estado trabalha para inserir esse público no mercado, por meio do Sistema Nacional de Emprego (Sine), que funciona no Centro Integrado de Inclusão e Cidadania (Ciic), vinculado à Secretaria de Estado de Assistência Social, Trabalho Emprego e Renda (Seaster). Uma média de 250 pessoas com deficiência é atendida por mês.

Segundo dados do Censo 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), existem no Brasil mais de 45 milhões de pessoas com deficiência. Estimativas das Superintendências Regionais do Trabalho apontam que onze milhões dessas pessoas estão aptas para o trabalho. No entanto, os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e Relação Anual de Informações Sociais (Rais), do Ministério do Trabalho e Emprego, mostram que no Brasil havia 358.738 pessoas com deficiência contratadas até setembro de 2014. No Pará, foram contratadas 5.374 pessoas com deficiência.

Em vigor desde 1991 no Brasil, a Lei de Cotas estabelece a obrigatoriedade da contratação de pessoas com deficiência por empresas que tenham mais de 100 funcionários. Para este público, a lei tem sido fundamental para garantir o acesso a vagas no mercado de trabalho. Ainda assim, pessoas com deficiência apresentam taxas de ocupação menores que pessoas sem deficiência, principalmente considerando-se o universo de pessoas que trabalham com carteira assinada.

Segundo a gerente do Sine/ Ciic, Graça Pontes, o diferencial do trabalho é a sensibilização dos empregadores para destinarem vagas a este público. “Embora exista uma legislação que define uma cota para as empresas, o empregador procura sempre por uma pessoa com pequena deficiência, ou contrata por um período curto apenas para dizer que está cumprindo com a lei. Por isso que o nosso trabalho vai além da intermediação de vagas e passa para a conscientização e sensibilização das empresas”, destaca.

Ainda segundo Graça, o número de vagas ofertadas é grande, porém ainda falta demanda para essas vagas, seja pela falta de conhecimento de como ter acesso a esses postos de trabalho ou pelo preconceito. “Precisamos divulgar esse serviço voltado para este público assim como conscientizar a sociedade de que todos são diferentes e tem necessidades específicas, independentemente de ter deficiência ou não. Quando o profissional é respeitado na sua singularidade, ele engaja, desenvolve e entrega mais resultados”, destacou.

Em 2014, apenas no Sine/ Ciic foram ofertadas 583 vagas de emprego para pessoas com deficiência. Dessas foram ocupados 323 postos, sendo a maioria nas áreas de comércio e serviços.

Sucesso – “Conseguir um emprego para mim significou a conquista da minha dignidade e autonomia”, diz Breno do Carmo, deficiente físico e que atualmente trabalha no atendimento ao público de um hospital particular, além de fazer parte da seleção paraense de basquete para pessoas com deficiência. Esse já é o terceiro emprego de Breno, que conquistou essas vagas por intermédio do Sine. “Esse espaço foi fundamental para que eu conseguisse emprego, pois além de ter acessibilidade e um atendimento maravilhoso, eles fazem o intermédio da mão de obra de acordo com o perfil da pessoa”, destaca. Atualmente Breno está cursando engenharia mecânica na Universidade Federal do Pará (UFPA).

Para Etiene Souza, que sofreu um acidente quando tinha 9 anos de idade e ficou com uma deficiência física, a meta sempre foi estudar para conseguir um emprego. “Formei-me em administração e consegui meu primeiro emprego aos 18 anos graças ao Sine. Sei que posso contar com as pessoas que trabalham aqui, pois nunca me negaram ajuda quando precisei e sempre conseguiram empregos onde pude me encaixar bem”, diz.

Elson Aleixo tem uma deficiência física e trabalhava na parte de produção de uma fábrica. “Ainda sinto preconceito em algumas empresas que trabalhei, porém sei que quando fico desempregado tenho esse espaço que me ajuda a encontrar um novo emprego”, destaca Elson, que está em busca de uma nova vaga após passar apenas três meses na última empresa.

Para ter acesso às vagas disponibilizadas pelas empresas, a pessoa com deficiência deve cadastrar-se no Ciic, localizado na Avenida Almirante Barroso, 1.765, de segunda a sexta-feira, de 8h às 18h. É necessário apresentar documentos como carteira de trabalho, carteira de identidade, CPF, currículo, laudo médico atual, comprovante de escolaridade e de cursos (se tiver).

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