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Estudantes da rede pública recebem orientações de combate e prevenção contra Dengue, Zika e Chikungunya

A campanha foi relizada em escolas de Belém e Ananindeua

Por Ascom (Ascom)
29/02/2024 17h16

Para conscientizar os estudantes sobre a importância da prevenção e combate a Dengue, Zika e Chikungunya, as escolas estaduais estão realizando ações de conscientização. Na Escola Estadual de Ensino Fundamental Nair Rodrigues de Caldas Brito Zaluth, no bairro do 40 horas, em Ananindeua, na Grande Belém, estudantes do Ensino Fundamental 1 aprenderam de forma lúdica com o “Projeto de Combate à Dengue”. Já na Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Jorge Lopes Raposo, localizada no Distrito de Icoaraci, em Belém, os estudantes das 1ª e 2ª séries do Ensino Médio participaram de uma palestra sobre "Arboviroses na Escola", ministrada por técnicos de Educação e Saúde do Departamento de Vigilância Sanitária da Secretaria Municipal de Saúde (Sesma), na última quarta-feira (28).

Segundo a diretora da Escola Nair Rodrigues, Deyse Teixeira, o projeto ultrapassa os muros da escola. "O projeto é muito importante porque quanto mais cedo trabalharmos a conscientização, nós vamos saber que não podemos poluir o meio ambiente e que devemos evitar ações como jogar tampinhas de refrigerante, copos descartáveis, garrafas PETs no meio ambiente, porque isso serve para ajudar na proliferação do mosquito da Dengue, e assim trabalhar essa consciência nas atitudes das nossas crianças e nossos alunos é melhor para a nossa escola, para o meio ambiente e para o planeta", afirmou a gestora.

Com a supervisão das professoras de Língua Portuguesa, a palestra "Arboviroses na Escola" foi ministrada para cinco turmas. Na ocasião, os estudantes foram orientados a serem agentes multiplicadores dentro de casa e no entorno da escola. De acordo com a técnica da equipe de Educação e Saúde da Sesma, Silvia Nunes, o Brasil está em campanha nacional de combate ao Aedes Aegypti, vetor de doenças como a Dengue, Zika vírus e Chikungunya que têm causado alto índice de infestação tanto predial quanto de doenças.

"Conforme pesquisa na área, detectamos um índice alto do vetor tanto no quarteirão da escola quanto nas adjacências e o momento é propício para que os alunos obtenham informações corretas para serem agentes multiplicadores no combate ao Aedes Aegypti na casa deles ou na vizinhança, repassando as orientações de uma forma bem simples e acessível para entender que com alguns cuidados nós podemos evitar que o mosquito se prolifere", disse.

A propagação do Aedes Aegypti, que tem como principais características pintas brancas nas pernas, ocorre com mais frequência nas áreas urbanas. Para sobreviver, o mosquito transmissor destas doenças precisa de água, abrigo e alimento. "Na palestra, vimos que podemos tirar uma dessas situações para que a gente consiga combater. Exemplo: o abrigo do Aedes é a nossa casa. Ele nasce no pneu, na caixa d'água ou no depósito natural  e vai procurar abrigo porque uma gota de chuva mata o mosquito", enfatizou a profissional.

Os estudantes também foram orientados sobre o comportamento do mosquito, que não gosta de sol e nasce no crepúsculo, às seis horas da manhã e da tarde. A fêmea do mosquito, que se alimenta de sangue e precisa dos criadouros com água parada para se reproduzir, em média, coloca de 800 a mil ovos e possui um ciclo de vida de 30 a 35 dias. Por isso, a técnica reforçou a importância de manter o quintal limpo e destacou que a prevenção deve ser o primeiro passo. "Há um período de incubação de 4 a 7 dias para que a pessoa comece a sentir os primeiros sintomas. No caso da dengue, febre súbita e dor de cabeça e ao final de sete dias surgem as pintinhas vermelhas", concluiu Silvia.

Transversalidade - Segundo a professora de Língua Portuguesa, Juliany Fonseca, os estudantes irão aproveitar as informações obtidas na palestra para produzir textos nos gêneros notícia e anúncio publicitário, que poderão ser distribuídos às comunidades. "A palestra foi muito bem-vinda, porque além de falar de um assunto importante e que merece atenção especial de toda a população, nos permite trabalhar a transversalidade a partir de gêneros que podem ser facilmente absolvidos pela comunidade", contou.

Os estudantes da turma 205, que já estão trabalhando com os gêneros textuais "notícia e reportagem", aproveitaram para colocar em prática o que aprenderam na última aula e puderam exercitar as técnicas de uma entrevista oral, com perguntas direcionadas à palestrante que subsidiarão suas produções textuais.

"Nunca tinha tido essa experiência de uma entrevista ao vivo em sala de aula, ainda mais com um assunto tão latente no Brasil e em Icoaraci. Isso pode nos ajudar muito a fazer uma boa redação. Foi muito bom tê-la como emissora da informação e nós como receptores. Agora também nos tornaremos emissores, pois vamos repassar essa mensagem para que mais pessoas possam se prevenir e se cuidar de doenças como a Dengue, Chikungunya e Zika", disse Rafael Ramos, estudante da 2ª série do Ensino Médio.

Para a professora de Língua Portuguesa das turmas 104 e 105, Neth Lisboa, esse tipo de trabalho amplia as habilidades dos estudantes. "É de suma importância a realização de palestras e rodas de conversas sobre os mais diversos temas, uma vez que desenvolve também a habilidade comunicativa dos alunos e proporciona aumentar  o conhecimento acerca das temáticas abordadas nas palestras", destacou.