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Programa de Telemedicina do Estado inicia atendimento em mais 4 especialidades

Iniciativa alcança 74 municípios paraenses e deve chegar a 100 cidades até o final deste ano de 2024

Por Caroliny Pinho (SESPA)
06/03/2024 09h43

Localizado no Baixo Amazonas, o município de Almeirim tem cerca de 35 mil habitantes, e integra a lista dos 74 pontos ativos do Programa de Telemedicina que assegura consultas especializadas para locais distantes, com maior dificuldade para o acesso a alguns serviços de saúde.

“Um dos principais benefícios é a celeridade nos atendimentos. Porque a gente consegue marcar a consulta para esse paciente em um tempo mais rápido do que se fosse para uma outra cidade como Santarém, que é a nossa referência. E, lembrando que tem algumas especialidades que tem na telemedicina, como psiquiatria, que não tem por aqui. Então, a gente consegue trazer qualidade de saúde para esses pacientes de uma forma mais rápida e eficaz”, disse Crislem Trindade, enfermeira e coordenadora da telemedicina em Almeirim. 

Desde o semestre passado, o programa passou de sete para onze especialidades, sendo elas: cardiologia, endocrinologia, pneumologia, reumatologia, neurologia, infectologia, psiquiatria, endocrinologia pediátrica, gastroenterologia pediátrica e para adulto e neuro-pediatria. 

“É de fundamental importância promover o acesso a especialistas devido às nossas condições sociodemográficas. Então nós firmamos a parceria do Programa Telemedicina em junho de 2020 e fomos expandindo gradativamente. Hoje nós estamos em 74 municípios nas mais diversas regiões do nosso estado e nós já temos um número de mais de 55 mil consultas realizadas, já chegamos, inclusive, a fazer 3 mil consultas em um único mês”, disse Sipriano Ferraz, secretário adjunto de Políticas de Saúde da Sespa. 

O programa é uma parceria entre o governo estadual, por meio da Sespa, com o Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do SUS (Proad) e o Hospital Israelita Albert Einstein e atende o público infantil de 0 aos 16 anos e o público adulto a partir de 16 anos. 

“A minha experiência de aprendizado junto à equipe do Hospital Einstein é maravilhosa. A cada caso clínico, a cada consulta, junto aos médicos especialistas, estou aprendendo e crescendo em conhecimento na atuação destas áreas da saúde e assim promovendo ao paciente uma melhor qualidade de vida e uma melhor atenção. Tenho visto a importância do projeto para fazer chegar a saúde aos nossos pacientes de lugares distantes, pessoas que jamais teriam a oportunidade de ter uma atenção especializada através do projeto no dia de hoje estão tendo”, disse Wellynghton Fagner, médico da Unidade Básica de Curralinho que atua no programa há 6 meses. 

O programa Telemedicina tem assegurado melhorias para usuários em todo o Pará. Em Almeirim já foram realizadas duas mil consultas. Para pacientes, como Thomaz Gama, de 4 anos. O menino precisou de acompanhamento com o neurologista. 

“Meu filho é autista e precisou de consulta com o neuropediatra e eu achei muito bom. Eles atenderam super bem, são bem atenciosos e graças a Deus tem a telemedicina aqui na minha cidade, porque tem muitas famílias que não têm condições de levar o seu filho para outro lugar. Por ter gastos, sair da cidade para ir para outra e é por isso que esse programa é muito bom”, disse Ana Paula Gama, mãe da criança. 

Acesso às consultas e encaminhamentos
Para ter acesso às consultas é necessário que o paciente dê entrada pela Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima da residência, onde passará pelo atendimento com o clínico geral ou pediatra, responsável pelo encaminhamento ao médico especialista. 

Quem realiza o agendamento das consultas é a própria equipe das UBS’s diretamente na Plataforma do Hospital Israelita Albert Einstein. No dia marcado, o paciente comparece a unidade de saúde que possui estrutura para realizar a videoconferência e o médico registra todas as informações em um prontuário eletrônico que fica à disposição das equipes que irão tratar o paciente. 

“No Pará, apenas 10% da população têm acesso aos planos de saúde, então 90% das pessoas dependem exclusivamente do SUS para ter acesso aos serviços de saúde. Então a gente vê a telemedicina como uma forma de aproximar o especialista de quem de fato está precisando. O nosso objetivo é ampliar os atendimentos e ainda neste ano de 2024 chegar a 100 municípios”, complementou o secretário da Sespa. 

“A Sespa vem criando estratégias para chegar em toda a população atendendo as mais diferentes necessidades. Para nós, estar em 74 municípios com o atual número de consultas realizadas, mostra o quanto este programa vem sendo bem-sucedido e servindo de exemplo para outras regiões do país”, disse Ivete Vaz, secretária de Saúde do Pará.