Pavilhão Pará é estratégico para fortalecer o protagonismo do Estado na agenda climática durante a COP30
Localizado na Green Zone, no Parque da Cidade, o Pavilhão oferece mais de 350 atividades entre painéis, reuniões, exposições, debates e apresentações culturais
Responsável por centralizar a participação do Estado do Pará na 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), em Belém, o “Pavilhão Pará”, instalado na Green Zone, no Parque da Cidade, oferece uma programação diversificada, com mais de 350 atividades, entre painéis, reuniões, exposições, debates e apresentações culturais.
Estratégica para fortalecer o protagonismo do Estado na construção de um novo modelo de desenvolvimento baseado na economia verde e na valorização da floresta viva, a criação do Pavilhão Pará, de acordo com o governador Helder Barbalho, foi pensada para criar uma atmosfera da Amazônia, que envolve a floresta, a cultura, a arte, a musicalidade e as belezas naturais.
“A partir de um amplo e democrático processo, selecionamos programações que se conectam com a agenda da sustentabilidade. Este será o nosso ponto de imersão, uma oportunidade para que o mundo vivencie o que é estar na Amazônia e no Estado do Pará”, afirma o governador.
Educadora ambiental de Minas Gerais, Dayana Duarte apresentou o painel “Juventudes pelo Clima: vozes e ações que transformam o território”, no Pavilhão Pará, como forma de incentivo para que os jovens se façam, cada vez mais, presentes em espaços políticos e decisivos.
“Viver uma COP na Amazônia é um sonho. Conhecer esse bioma maravilhoso e fazer conexões com pessoas que lutam para fazer a diferença e transformar o futuro é uma honra. O Pavilhão Pará nos traz esse acolhimento, que recebemos desde que chegamos em Belém, e nos conecta ainda mais com a Amazônia. Cada detalhe, como a decoração, a nomeação das salas de discussões, tudo isso foi cuidadosamente pensado para ambientar os visitantes”, relata.
Coordenado pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Clima e Sustentabilidade (Semas), o Pavilhão Pará pretende aproximar diferentes setores da sociedade – governos locais e subnacionais, setor privado, organizações não governamentais, povos indígenas, quilombolas, comunidades tradicionais, juventude, academia e sociedade civil em geral – em torno do debate sobre soluções concretas para o enfrentamento da crise climática, a valorização da floresta e a promoção de modelos de desenvolvimento inclusivos e sustentáveis.
Aluna da Escola Estadual de Ensino Integral Bilíngue Mestra Idalina Rodrigues Pereira, em Icoaraci, Sabrina Santos, 16 anos, atuante em projetos ambientais, como o programa “Meu Futuro, Minha Voz”, do Instituto Limpa Brasil, ficou encantada com a oportunidade de participar das programações do Pavilhão Pará.
“Enquanto uma jovem que entende a importância da juventude na construção do futuro, vim atrás de mais aprendizados e experiências sobre a temática do meio ambiente. Precisamos agir nas nossas comunidades, seja em relação ao lixo, consumo de água e energia ou qualquer outra ação que faça a diferença para a preservação. Acredito que cada pequeno gesto feito se transforme em algo muito grande”, ressalta.
Coordenadora do programa “Meu Futuro, Minha Voz”, a gestora ambiental Adassa Lima destaca o olhar cuidadoso desta COP para os povos. “A Amazônia muitas vezes é vista apenas como um território que está sendo explorado, mas as pessoas que integram esse espaço também precisam ser vistas e incluídas nesses debates, como temos a oportunidade na Green Zone e no Pavilhão Pará. Esse olhar faz a diferença para a construção de um mundo mais justo e sustentável, proporcionado pela COP, que é um marco histórico para todos nós”, diz.
Exposição
O Pavilhão Pará também contempla a exposição “Juruti Terra Mundurukus e Muirapinimas”, promovida pelo governo em parceria com a prefeitura do município e um palco para apresentações culturais. Nesta quarta-feira (12), foi dia do coral “Mãos em melodia”, da Universidade do Estado do Pará (Uepa), se apresentar, com um grupo de alunos surdos e ouvintes que traduzem canções em Libras (Língua Brasileira de Sinais) para o público, com a promoção de inclusão por meio da arte.
“É gratificante participar de um evento como esse, que promove discussões que envolvem o futuro de todos nós, reafirmando a importância da acessibilidade e da inclusão. Os visitantes puderam conhecer nossas músicas do Pará, nossa cultura e nossa arte a partir dessa apresentação. E cada apresentação cultural fortalece a nossa identidade e reforça as nossas riquezas”, finaliza Lorena Rátis, maestrina do coral.
Green Zone
Com acesso livre ao público, o espaço, que funciona de 9h às 19h, no Parque da Cidade, em Belém, é voltado para a sociedade civil, empresas, instituições públicas e organizações não governamentais (ONGs), com o objetivo de promover o engajamento democrático, a pluralidade de vozes e a transparência no debate climático - complementando o trabalho diplomático realizado na Zona Azul. O evento, que teve início na segunda-feira (10), segue até o dia 21 de novembro.
