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Nova enfermaria da Santa Casa, exclusiva para fígado, recebe pacientes de todo o Pará 

São 12 leitos no total, entre clínicos e cirúrgicos.

Por Governo do Pará (SECOM)
24/06/2021 12h08

Exclusiva para doenças do fígado, a Enfermaria Santo Expedito, inaugurada pelo Governo do Estado na Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará (FSCMP), no último dia 17 de junho, completa uma semana de funcionamento, com pelo menos 50% dos leitos ocupados por pacientes do interior.

São 12 leitos no total, entre clínicos e cirúrgicos. A admissão de pacientes dá-se, em nível prioritário, por meio do sistema de regulação da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) e também do Ambulatório de Fígado da Santa Casa.

“Desde a inauguração, já recebemos mais de 20 pacientes. Estamos operando com ótimo nível de tecnologia, equipes especializadas e fluxo otimizado de leitos”, explica o cirurgião Rafael Garcia, coordenador geral do serviço de fígado na Santa Casa e coordenador do Centro Estadual de Referência de Doenças do Fígado.

Maurício Xavier, feliz, agradece o tratamento e acolhimento. A história do estudante de Arquitetura e Urbanismo Maurício Xavier, 19, é um desses entrelaces: chegou de Igarapé-Miri, no Baixo Tocantins, com complicações de uma cirurgia de retirada de vesícula, realizada em Abaetetuba, município vizinho. “Eu posso destacar o acolhimento, a humanização. Isso significa muito para a pessoa em condição vulnerável”, reflete.

A mãe, a microempreendedora Maria Marta Ferreira, reforça que o preparo dos profissionais, inspira confiança: “Gostamos bastante da infraestrutura da Santa Casa. É uma questão de o ambiente, os profissionais, tudo faz com que a gente acredite que realmente somos beneficiários de um serviço público de qualidade”, diz. 

Referência - A Santa Casa é referência estadual em tratamento de doenças do fígado desde 2012, com certificação pelo governo federal.

O arcabouço de Ambulatório, mais a nova Enfermaria, acompanha, pelo menos, três mil pacientes considerados crônicos e mais de 120 pacientes, que foram transplantados em outros estados e residem no Pará. 

Na Enfermaria Santo Expedito, o Governo do Estado investiu quase meio milhão de reais para reformar 300 m², que antes eram área desativada do Prédio Centenário, o mais antigo da Instituição.  

Na inauguração, o governador Helder Barbalho, definiu o processo como, “fortalecimento das ações em saúde como um todo”. O presidente da Santa Casa, Bruno Carmona, acrescentou que, “a etapa faz parte de um planejamento, que avança a área de Saúde, como prioritária para o Governo do Pará”. 

Em 2019, o Ambulatório do Fígado da Santa Casa, foi indicado pelo Ministério da Saúde (MS), como Centro de Transplante de Fígado do Estado, e, desde então, se prepara para iniciar os procedimentos.  

A equipe multidisciplinar vem sendo treinada no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, na capital, via o Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-Sus). 

A previsão é que os transplantes comecem no segundo semestre deste ano, com cerca de quatro cirurgias por mês.

A dona de casa Antônia Cajado, está na expectativa para a cirurgia de remoção de um nódulo no fígado.Tratamento - A dona de casa, Antônia Cajado, 58, santarena, criada no Maranhão e moradora há 17 anos de Tailândia, no nordeste do Pará, tem pré-indicação para transplante. Sempre junto da filha, a dona-de-casa Maria Nábia Moraes, 31, ela começou o tratamento para hepatite c em 2017, entre o Ambulatório do Fígado da Santa Casa e outro hospital-referência em Fortaleza, Ceará. 

Nesta quinta-feira (24), Antônia, será submetida a uma cirurgia de remoção de um nódulo no fígado.

Internada na Enfermaria Santo Expedito, ela relata “uma esperança muito grande”: “Não vencemos a batalha sozinhos. Primeiro é Deus, e logo, tudo aquilo a que tenho a benção, de ter acesso: o tratamento, o contato humano”, resume.

A filha, Maria Nábia, salienta que uma enfermaria exclusiva para pacientes com doenças no fígado é muito mais do que predial: “Digo que é um conjunto de experiências. Aqui conhecemos histórias felizes de pessoas em situação parecida, que agora, estão curadas ou com o quadro controlado, levando vida normal. Isso dá muito ânimo e fortalece nossa fé”, afirma.