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Oficina de Comunicação Comunitária é realizada na UsiPaz Icuí

Formação objetiva incentivar o protagonismo social e a democratização do acesso à informação entre a comunidade

Por Dayane Baía (ARCON)
27/10/2021 12h55

Moradores do Icuí-Guajará, um dos bairros atendidos pelo Programa Territórios pela Paz (TerPaz), receberam a primeira oficina de Comunicação Comunitária na nova Usina da Paz (UsiPaz), nesta quarta-feira (27). Conduzid pela Secretaria de Estado de Comunicação (Secom), a formação objetiva incentivar o protagonismo social e a democratização do acesso à informação.

Diretor de Comunicação Popular e Comunitária (DCPC) da Secom, Fábio Oliveira explica que é a própria comunidade quem demanda suas áreas de interesse, por meio de uma escuta pública nos territórios atendidos pelo TerPaz.

“Hoje a DCPC oferece cursos em 17 áreas como fotografia, comunicação comunitária, estudo de mídia, rádio e TV, publicidade e propaganda, design, entre outros. Como resultados, a DCPC estimula o desenvolvimento de redes de comunicação comunitária nas comunidades e de projetos, como a Exposição 'Guamá Novos Olhares', que resulta de uma oficina realizada em 2019 e pode ser visitada na UsiPaz Icuí”, exemplifica o gestor.

A comunicação pode ser uma ferramenta de mobilização social permitindo maior participação e compartilhamento de informações pelos moradores das comunidades, como pessoas em situação de vulnerabilidade, jovens, mulheres, negros, LGBTQIA+.

“Então a comunicação comunitária é um instrumento de estímulo ao protagonismo porque além de informar, ela também viabiliza a autonomia da população como produtora de conhecimento a partir de suas vivências. O objetivo da Diretoria com essa oficina é promover e ampliar o debate sobre a democratização da comunicação, possibilitando a construção de narrativas de pertencimento e protagonismo nas comunidades”, afirma Fábio.

Estrutura

A Usina da Paz é um complexo comunitário no qual os moradores podem usufruir das instalações de dois prédios principais para a oferta de diversos cursos, oficinas e atendimento público. “O projeto das UsiPaz fornece a estrutura necessária para o desenvolvimento de nossas ações nos territórios do TerPaz, ao mesmo tempo que disponibiliza à população – através de um estúdio laboratório – equipamentos de audiovisual para que a própria comunidade desenvolva seus projetos em comunicação comunitária”, acrescenta o diretor.

O músico e comerciante Edson Roberto, 64 anos, aprovou a estrutura. “Eu fiquei sabendo da oficina através de um grupo de mensagens do TerPaz e me interessei porque eu trabalho na área cultural e para mim, quanto mais capacitação, mais adquirimos conhecimento, que é fundamental. A aplicação vai servir muito, pois posso trabalhar nos meus projetos tanto musical quanto na loja, já que trabalho com o público. Tenho certeza de que vou aplicar no meu dia a dia. A estrutura está ótima, os espaços, atividades estão sendo muito boas. Precisa se manter”, pondera Edson.

Aline Borges, 31 anos, é autônoma e já planeja utilizar as técnicas adquiridas na oficina. “Pretendo aplicar nos meus grupos de redes sociais, bem como na área da comunicação que pretendo trabalhar. Já tenho experiência, trabalhei em uma instituição religiosa e pretendo voltar. Quero me aprimorar ainda mais, conhecimento nunca é demais e nós temos essa oportunidade, pois o mercado de trabalho está muito exigente. Espero que o Icuí e os bairros adjacentes tenham a oportunidade que estamos tendo e possamos agarrar com toda a nossa força. A estrutura é fantástica, foi um ponto positivo do Governo do Estado em favor da nossa população”, avalia.

A Usina da Paz do bairro do Icuí-Guajará, em Ananindeua, foi a primeira a ser entregue pelo Governo do Estado. A meta é a construção de 10 Usinas da Paz entre a Região Metropolitana de Belém (nos bairros da Cabanagem, Benguí, Guamá, Jurunas, Terra Firme, em Belém, Icuí-Guajará, em Ananindeua e Nova União, em Marituba), e no sudeste do Estado (Parauapebas, Canaã dos Carajás e Marabá).

O projeto das Usinas da Paz é voltado para a prevenção da violência, a inclusão social e o fortalecimento comunitário. Integrado ao TerPaz e elaborado pelo Governo do Pará, o projeto é coordenado pela Secretaria Estratégica de Articulação da Cidadania (Seac), em parceria com a iniciativa privada.