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Em 2021, NGTM avança em obras de mobilidade na Região Metropolitana de Belém

Por Michelle Daniel (NGTM)
27/12/2021 17h02

Para o Núcleo de Gerenciamento de Transporte Metropolitano (NGTM), o ano de 2021 foi de conquistas, avanços e desafios. As obras, que estão sob responsabilidade do Núcleo, fazem parte do maior programa de mobilidade urbana e infraestrutura viária registrado no Estado na última década, dentro da Região Metropolitana de Belém, e visam a melhoria da qualidade de vida da aproximadamente 2,5 milhões de pessoas.

Neste ano, avançaram as obras de requalificação da avenida Padre Bruno Secchi, antiga rua Yamada, no bairro do Bengui, em Belém. Os serviços que iniciaram em 2013, tinham apenas 20% de execução até 2019 e agora já atingem cerca de 90% das obras viárias executadas, com previsão de conclusão para janeiro de 2022. “Mesmo antes da conclusão, já se nota grande aumento de fluxo de veículos na via pela importância dela que é um corredor de transporte alternativo à Augusto Montenegro”, comenta Ribeiro.

Para alcançar tais avanços, foram vários os desafios, principalmente no que diz respeito aos mais de 120 imóveis que precisaram ser desapropriados e demolidos por estarem na faixa de domínio da obra, sendo necessária a atuação da equipe jurídica do NGTM junto às famílias para que os direitos fossem garantidos. Ao longo dos trabalhos, alguns trechos precisaram ser interditados e vias alternativas oferecidas aos condutores devido ao avanço dos trabalhos que exigia o afastamento do fluxo intenso na via.

A nova avenida interliga a avenida Centenário com a rodovia Tapanã – obra concluída e entregue em outubro passado pelo Governo -. Ao todo, são 4,2 km já duplicados. As equipes se dividem atualmente nas últimas etapas, o que incluem calçadas com acessibilidade, nova iluminação pública (a partir do remanejamento de postes que está sendo realizado), ciclofaixas, sinalização e urbanização. O objetivo das obras de requalificação na via é trazer melhorias na mobilidade urbana e infraestrutura viária para aproximadamente 500 mil pessoas da região.

Ananin

No mês de setembro, o governador Helder Barbalho assinou ordem de serviço das obras da Rua Ananin, em Ananindeua. A requalificação da via já iniciou com etapa de drenagem. São dois quilômetros de via que receberão drenagem, terraplenagem, pavimentação, sinalização, iluminação, calçada com piso tátil, ciclofaixa e urbanização. A nova rua Ananin vai interligar o Conjunto Guajará à rodovia BR-316 e, através do viaduto que está sendo construído na altura do KM 7, os ônibus e demais veículos também poderão acessar o futuro Terminal de Integração de Ananindeua, na Região Metropolitana de Belém.

“A Ananin vai proporcionar a integração do transporte coletivo local de Ananindeua com o BRT Metropolitano através do viaduto. Com isso os ônibus da Cidade Nova, por exemplo, que é o maior pólo gerador de viagens do município, que deveriam transitar na BR para chegar ao Terminal, vão seguir pela Ananin gerando uma melhor condição de mobilidade e rapidez para essa integração”, detalha o diretor geral do NGTM. A via também será uma alternativa à avenida Mário Covas. “A obra complementa e melhora a eficiência do sistema do BRT”, completa.

Viadutos

No primeiro semestre deste ano, o NGTM anunciou a autorização por parte do Governo do Estado para a construção de cinco novos viadutos em pontos estratégicos da Região Metropolitana. Os projetos elaborados pela Secretaria de Estado de Transporte, preveem dois na BR-316 - cruzamento com a Av. Independência, outro no cruzamento com a PA-483 (Alça Viária); dois na rodovia Mário Covas, sendo um cruzamento com a Av. Independência, outro no cruzamento com a Av. Três Corações; e ainda o da avenida João Paulo II, com o cruzamento com a avenida. Doutor Freitas, em Belém.

Os dois primeiros já foram licitados e estão em fase final de contratação da empresa executora. A expectativa é que as obras iniciam logo nos primeiros meses de 2022. “Os viadutos são importantes para a operação do BRT Metropolitano porque reduzem o tempo de parada na BR com intercessões na Independência e Alça Viária, aumentando a eficiência no sistema BRT”, avalia Eduardo. A maquete eletrônica projetada em 3D dos viadutos está disponível no site oficial do NGTM.

Conclusão

Além disso, foram investimentos de cerca de R$ 8,3 milhões aplicados em obras de infraestrutura em 17 ruas no bairro Águas Lindas, em Ananindeua, concluídas em maio deste ano após 15 meses de atividades. Os trabalhos incluíram drenagem, pavimentação asfáltica e sinalização em vias alimentadoras de outros dois principais corredores de transporte, como a rodovia BR-316 e o trecho do prolongamento da avenida João Paulo II, que fazem parte da Região Metropolitana de Belém.
De acordo com o engenheiro Eduardo Ribeiro, titular do NGTM, a atual gestão realizou estudo técnico com o objetivo de melhorar a interligação nos bairros, permitindo alternativa de mobilidade dentro dessas comunidades, vias que fazem limite com bairros de Belém e Ananindeua. “As obras criam melhor condição de mobilidade dentro dos bairros, por exemplo, em Águas Lindas, carente de infraestrutura viária. Com isso, o Governo conclui a obra, cabendo à manutenção aos municípios”, destaca.

Desafios

“Tivemos um ano que foi a continuidade dos efeitos da Covid-19 que ainda são sentidos na indústria da construção civil, com o afastamento das pessoas e também na cadeia produtiva que ainda está retomando o ritmo de produção. No caso das obras da BR-316, tivemos rescisão contratual e a contratação da segunda colocada na licitação internacional de 2017, em consonância com as diretrizes da JICA [Agência de Cooperação Internacional do Japão] e legislação brasileira. Com isso, a retomada das obras no final do mês de outubro com o CMGB [Consórcio Mobilidade Grande Belém]”, explica o diretor geral do NGTM.
Atualmente, com a retomada gradual das atividades, estão em andamento serviços como construção da primeira etapa do corredor do BRT Metropolitano, lançamento de drenagem e remanejamento de interferências. No próximo mês, a previsão é dar continuidade à construção do viaduto, terminais de integração, Centro de Controle Operacional e construção das novas 13 passarelas.

“Todos são investimentos do Estado que além de proporcionar essa repercussão na RMB, geram empregos. Foram cerca de 2 mil foram gerados em todas as nossas frentes de obras. E com a retomada das obras da BR, que hoje já são 310 postos de trabalho, a previsão é que no pico das atividades, até 1 mil pessoas sejam contratadas, de forma direta e indiretamente”, reforça o engenheiro Eduardo Ribeiro. “São obras de extrema importância socioeconômica e ambiental, visando a melhoria na mobilidade e que repercute na qualidade de vida das pessoas”.