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SAÚDE PÚBLICA

Ophir Loyola reitera alimentos saudáveis para o combate do câncer

A Divisão de Nutrição e Dietética do hospital auxilia pacientes oncológicos com orientação sobre o cardápio alimentar

Por Governo do Pará (SECOM)
31/03/2022 13h12

Para fortalecer o organismo, uma dieta saudável e balanceada à base de um cardápio natural é essencial para a qualidade de vida. E, hoje, 31 de março, é comemorado o Dia Nacional da Saúde e Nutrição, que reforça o princípio básico da qualidade de vida: a boa alimentação. Para isso, o Hospital Ophir Loyola, referência em oncologia no Pará, dispõe de uma Divisão de Nutrição e Dietética para auxiliar na alimentação dos pacientes. 

Além de elaborar dietas específicas para pacientes oncológicos, o profissional de nutrição pode identificar precocemente o risco nutricional ou de desnutrição, e aplicar uma terapia nutricional personalizada para garantir uma ingestão alimentar compatível com as necessidades de cada pessoa.

A nutricionista do HOL, Jamille Farias, afirma que a alimentação saudável é uma das principais aliadas no tratamento do câncer, pois a manutenção de hábitos alimentares adequados contribui para o controle da doença e redução do risco de recidiva.A nutricionista do Ophir Loyola, Jamille Farias

“O aumento do consumo de alimentos in natura, como frutas, verduras, legumes e cereais integrais é fundamental, porque possuem nutrientes e compostos que atuam como antioxidantes, anti-inflamatórios, anticarcinogênicos e imunomoduladores. Ou seja, auxiliam as defesas naturais do corpo a combater os agentes carcinogênicos e promovem a redução de radicais livres. Além disso, contribuem para a modulação de funções orgânicas e ação metabólica/fisiológica que minimizam os efeitos adversos e melhoram a resposta ao tratamento, bem como a qualidade de vida dos pacientes”, explicou a nutricionista.

O tratamento do câncer tem muitos efeitos colaterais, e pode ser aliviado por uma dieta balanceada. Portanto, o acompanhamento do profissional de nutrição é importante, e deve começar desde o diagnóstico, independente do tipo de tratamento. A quimioterapia e a radioterapia, muitas vezes, fazem com que o paciente diminua a ingestão de alimentos, o que pode ocasionar desnutrição e levar à interrupção do tratamento. 

“O acompanhamento e a orientação do paciente ocorrem por etapas: triagem e avaliação nutricional, dentro das primeiras 24h de internação ou a cada consulta ambulatorial; avaliação do estado nutricional, por meio da aplicação de questionários para análise da história clínica, alimentar e social; intervenção nutricional, com definição da terapia individualizada e o monitoramento para a reavaliação periódica e análise da efetividade do tratamento aplicado”, detalha Jamille Farias.

Os enfermos com tumor maligno de cabeça e pescoço são considerados de alto risco nutricional. “Dependendo da localização do tumor, podem apresentar dificuldade para engolir o alimento. Há ainda efeitos colaterais do tratamento, como boca seca, feridas, alteração no paladar, enjoo e vômito, que dificultam a alimentação e promovem a perda de peso e desnutrição”, acrescentou Jamille. 

De forma geral, esses pacientes devem manter uma alimentação saudável. A manutenção da consistência sólida é sempre a primeira opção, por ser mais fisiológica. Mas, caso o paciente apresente dificuldade na ingestão de alimentos sólidos, o nutricionista modifica o planejamento dietético, prescrevendo alimentos desfiados e liquidificados, bem como suplementos nutricionais, geralmente hipercalóricos e hiperproteicos para a manutenção e/ou recuperação do estado nutricional. 

“Pacientes que realizam cirurgias na região de cabeça e pescoço, geralmente utilizam uma via alternativa para alimentação no pós-operatório, que pode ser por via enteral, sonda ou gastrostomia. Após a avaliação do fonoaudiólogo sobre  a consistência da dieta adequada ao paciente, o nutricionista ajusta a alimentação até que a ingestão oral seja completamente restabelecida”, conclui.

*Texto de Viviane Nogueira (Ascom Hospital Ophir Loyola)