Agência Pará
pa.gov.br
Ferramenta de pesquisa
ÁREA DE GOVERNO
TAGS
REGIÕES
CONTEÚDO
PERÍODO
De
A
SAÚDE

HGT alerta as gestantes para a importância da prevenção de partos prematuros

Por Valéria Nascimento (SECOM)
17/11/2022 14h31

Referência em obstetrícia na região nordeste paraense e com mais de mil partos já realizados em 2022, o Hospital Geral de Tailândia (HGT), em parceria com o Grupo de Trabalho de Humanização (GTH), celebrou o “Novembro Roxo”, considerado o mês de sensibilização para o Dia Internacional da Prematuridade, lembrado nesta quinta-feira (17).

Por meio de ação de educação em saúde, a unidade hospitalar promoveu atividades lúdicas sobre o tema. Houve roda de conversa no auditório com mulheres grávidas, entre usuárias e colaboradoras, atendidas pelo projeto “Laços de Amor”, uma iniciativa que traz as gestantes ao hospital para conhecer todo o serviço oferecido para realização do pré-parto, parto e pós-parto, na unidade hospitalar. O evento contou ainda com entrega de material informativo na recepção da maternidade.

Entrando no seu nono mês de gestação, Geovania Nascimento, de 35 anos, uma das participantes do evento, achou bastante produtivo o encontro e importante para o momento que ela está vivendo com a chegada do seu segundo filho. 

“Foi muito bom ter essa dinâmica aqui no HGT. Eu aprendi muito e levarei comigo para a sequência da gestação, parto e pós-parto. Informações como os perigos de uma Diabete Gestacional; a prevenção com alimentação balanceada até o direito de uma grávida ter um acompanhante de sua escolha no momento do parto. Ainda obtivemos informações dos tipos de parto e os malefícios da automedicação. Este é o meu segundo bebê e está sendo totalmente diferente do primeiro. Em outro local onde morava não tive esta oportunidade em tirar dúvidas durante evento igual ao que o HGT promoveu hoje”, pontuou.    

A cor roxa simboliza a sensibilidade e a individualidade, características que são peculiares aos bebês prematuros. A data tem o objetivo de alertar sobre o risco de crescente do número de partos prematuros ao longo dos anos, como preveni-los e informar a respeito das consequências do nascimento antecipado para o bebê e a família.

Segundo a OMS, o Brasil está entre os dez países com os maiores números de partos prematuros. O nosso país aparece em 10º lugar no ranking com 279 mil partos prematuros por ano. A taxa brasileira chega a 9,2% de bebês prematuros, igual à Alemanha e inferior aos Estados Unidos, que possui 12%.

Causas e Riscos – A prematuridade é caracterizada pelo nascimento do bebê antes de 37 semanas de gestação, cuja duração completa é entre 37 e 42 semanas, ou seja, nove meses.

Segundo o obstetra do HGT, Domingos Costa, a prematuridade pode ser dividida em três momentos. O mais perigoso são os “prematuros extremos”, crianças que nascem antes de 28 semanas e correm mais risco de vida, diferente dos bebês que nascem algum tempo depois, porque apresentam um estado de saúde muito frágil.

“Outro grupo, são os prematuros considerados intermediários, que nascem entre 28 a 34 semanas e constituem a maior parte dos prematuros. Além deles, existem os chamados prematuros tardios’, que nascem de 34 até 37 semanas”, pontuou o médico.

Segundo o profissional, quanto mais prematuro for o bebê, os seus órgãos serão imaturos e maiores os riscos de complicações, especialmente, para aqueles nascidos antes de 34 semanas de gestação.

Para o médico, além de terem os órgãos frágeis, o cérebro também requer cuidado. O baixo peso, considerado abaixo de 1.500g, é outro fator preocupante, pois é um grande desafio conseguir uma recuperação nutricional ao longo das primeiras semanas de vida do bebê.

“O diagnóstico tardio da gravidez ou o tratamento inadequado de doenças que tragam prejuízos à saúde da mãe e do feto, podem ser considerados como riscos para um nascimento antecipado. O parto prematuro, dependendo do momento em que ocorra, pode ser uma situação de risco tanto para o bebê quanto para a gestante”, observou.

O obstetra alerta para algumas complicações durante a gestação que podem levar à prematuridade, tais como: “Infecções, insuficiência istmocervical (abertura do colo do útero), colo do útero curto, partos prematuros anteriores ao atual, rotura prematura da bolsa, tabagismo, miomas, gravidez de múltiplos, descolamento prematuro da placenta, diabetes gestacional, pré-eclâmpsia (aumento da pressão arterial na gravidez) e gravidez na adolescência, em razão da mulher está no período de desenvolvimento do corpo.

Domingos Costa orienta para a prevenção à prematuridade, que deve ser iniciada antes mesmo da gestação com o planejamento familiar adequado, seguido do acompanhamento pré-natal, que busca assegurar o bom desenvolvimento da gestação, permitindo assim, o parto de um recém-nascido saudável, sem impacto para a saúde materna, inclusive, abordando aspectos psicossociais e atividades educativas e preventivas.

Estrutura - O HGT tem 51 leitos e mantém uma Unidade de Cuidados Intermediários (UCI) com nove leitos, sendo seis adultos e três pediátricos. Os usuários que dependem do Sistema Único de Saúde (SUS) têm acesso aos serviços oferecidos pelo HGT por meio da Central de Regulação Municipal e Estadual, e aos de urgência e emergência em livre demanda ou encaminhados pelo Samu, Corpo de Bombeiros Militar e Polícias Rodoviárias Estadual e Federal.

Serviço: O HGT é uma unidade de saúde do Governo do Pará, administrado pelo Instituto Nacional de Desenvolvimento Social e Humano (INDSH), em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa). O hospital fica na Avenida Florianópolis, s/n, no bairro Novo. Mais informações pelo fone (91) 3752.3121.

Texto: Pallmer Barros/Ascom HGT