Agência Pará
pa.gov.br
Ferramenta de pesquisa
ÁREA DE GOVERNO
TAGS
REGIÕES
CONTEÚDO
PERÍODO
De
A
SALVANDO VIDAS

Graesp realiza apoio médico para transplantes de órgãos no Pará

O Grupamento deu apoio logístico no transporte de órgãos para transplantes a dois pacientes em Belém e em Redenção

Por André Macedo (SEGUP)
25/02/2024 11h12

O Grupamento Aéreo de Segurança Pública (Graesp), vinculado à Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Segup), concluiu mais uma ação de saúde pública com apoio logístico no transporte de órgãos para transplantes a dois pacientes em Belém e em Redenção. A ação ocorreu no último sábado, 24, em apoio à Central Estadual de Transplantes (CET) da Secretaria de Saude do Estado do Pará (SESPA). 

A operação iniciou na sexta-feira (23), quando o Graesp foi acionado pela Central de Transplantes para realizar o transporte de dois rins e um fígado da cidade de Abaetetuba até a capital paraense. A doação dos órgãos foi autorizada pela família de uma jovem de 22 anos, moradora do município de Igarapé Mirim, vítima de acidente de moto, culminando com a morte encefálica.

A equipe do Graesp, composta pelo comandante da aeronave, tenente-coronel André Icassatti, da piloto Investigadora PC Cybele Mota, pelo operador aerotático, Alisson Souza, além da equipe médica, decolou de Abatetuba às 13h, chegando a Belém às 13h30. O pouso aconteceu diretamente na Santa Casa de Misericórdia. 

Após a retirada dos órgãos do doador, é imprescindível que o transplante seja feito o quanto antes. O rim tem até 36 horas para ser transplantado no receptor, já o fígado apenas 12 horas. Por isso, é fundamental o apoio logístico que o Graesp oferece. 

Segundo a coordenadora da Central de Transplantes, apesar do percurso terrestre entre Abatetuba e a capital ser de apenas duas horas não se pode prever os contratempos causados pelo trânsito no percurso. “Órgãos como fígado e coração têm um tempo muito curto para serem aproveitados e por essa razão o Grupamento Aéreo foi acionado para garantir o transporte rápido dos rins e do fígado em tempo hábil”, afirmou. 

O fígado foi transplantado em um paciente de Abatetuba ainda na Santa Casa de Misericordia do Pará, um dos rins foi doado para um paciente do município de Inhangapi no Hospital Ophir Loyola. O segundo rim foi transplantado em um paciente de Cumaru do Norte no Hospital Regional de Redenção.

Para este último, o Graesp foi mais uma vez acionado, transportando no sábado (24) de manhã. O avião, modelo Baron, decolou de Belém às 7h e após 2 horas de voo chegou em Redenção com o órgão às 9h. 

Para equipes de ambas operações, a satisfação em poder ajudar o próximo é gratificante. “Como piloto do Graesp há cerca de 11 anos, posso dizer que essa é uma das missões mais gratificantes e nos deixa muito felizes em poder fazer parte desse sistema. O transporte de órgãos ocorreu com êxito e na hora exata, graças a toda a coordenação que foi feita. Espero que mais pessoas sigam esse exemplo de ser doador e que mais pessoas possam ser salvas”, afirmou o comandante da primeira operação de logística, tenente-coronel André Icassati. 

“O primeiro acionamento foi feito na sexta à noite e o voo já foi definido para logo o primeiro horário, às 7h. Foi organizado e saímos no horário marcado  já para levar o órgão porque o tempo é muito importante. A equipe que recebeu informou que o paciente que iria receber o órgão de transplante estava aguardando há 10 anos”, pontuou o delegado Zambardino, piloto que levou o segundo rim para Redenção. 

Com um leque diversificado de atuações, entre apoio policial, transporte de tropa e levantamento de área, a ação médica também integra as ações do grupamento. Para o diretor do Graesp, coronel Armando Gonçalves, essa diversidade de operações demonstra a importância do órgão para a sociedade. 

“Conseguimos acelerar a captação de órgãos, do local de onde vai ser captado e o local onde vai ser entregue. Esse é o papel do Graesp, entregar em tempo hábil para reduzir o tempo, chegar com o órgão em condições ainda de ser entregue. Esse ano já é a quinta operação de transporte de órgãos e vemos a importância do Graesp também na preservação da vida e dos órgãos, já que esse órgão vai servir para a vida de alguém. Ficamos muito felizes de saber que colaboramos e participamos na boa recuperação de uma pessoa que esteja precisando de um órgão. Isso é muito legal”, destacou o diretor.