HGT realiza cirurgia de fístula arteriovenosa para pacientes em hemodiálise

O Hospital Geral de Tailândia (HGT), na região de integração do Tocantins, avança no tratamento de pacientes em hemodiálise e realiza a primeira cirurgia de confecção de fístula arteriovenosa (FAV), que é um suporte imprescindível aos pacientes dialíticos renais crônicos. O procedimento é considerado a principal via de acesso para esse tipo de tratamento por oferecer mais segurança e eficiência, além de contribuir para a qualidade de vida dos pacientes ao evitar complicações, como infecções, e reduzir impactos físicos, emocionais e financeiros.
Segundo a cirurgiã vascular Sannay Valois, tanto a fístula nos braços quanto o uso de cateter, permitem a realização da hemodiálise, mas a fístula é a opção mais indicada por aumentar a qualidade do tratamento e ter menor risco de infecção. “Com a implantação do serviço de hemodiálise na região, já alcançamos importantes avanços. Agora, com a realização da cirurgia de fístula, conseguimos oferecer um cuidado mais completo aos nossos próprios pacientes”, destacou a médica.

Ela complementa ainda que a cirurgia de FAV é responsável pela ligação entre uma veia e uma artéria, criado para o acesso da hemodiálise, geralmente feito nos membros superiores, braços, antebraços e punhos, em que o risco de complicações é menor. Porém, pode ser realizado também em membros inferiores.
Aprovação - A paciente Nazaré Cíntia, de 53 anos, moradora do Distrito de Palmares, em Tailândia, contou que desde o início do tratamento com hemodiálise tem sido atendida pelo HGT, quando o serviço era disponibilizado apenas para pacientes internados. Agora, após quatro meses de sessões, ela finalmente conseguiu realizar a cirurgia de fístula arteriovenosa.
“Quando fui diagnosticada como renal crônica, iniciei todo o tratamento aqui no HGT. Primeiro, fiz as sessões com cateter, depois com o permicath e agora, após quatro meses, conseguimos realizar a cirurgia da fístula”.
Nazaré ressalta que, apesar da ansiedade para realizar a cirurgia, se sentiu segura durante todo o processo que antecedeu a cirurgia e após. Ela passou por exames preparatórios, avaliação com especialistas e acompanhamento. Segundo a paciente, tudo foi realizado com muito cuidado.

“Foi tudo ótimo, graças a Deus. Realizar esse procedimento no nosso município foi muito bom, tanto para mim quanto para outros colegas que também irão precisar. Antes era mais difícil precisar se deslocar, mas agora está mais acessível, tanto a cirurgia quanto fazer a hemodiálise”, finalizou.
Estrutura – Com 20 máquinas disponíveis para hemodiálise, as sessões são realizadas de segunda-feira a sábado, com capacidade para atender pacientes em três turnos diários. Esses turnos estão sendo preenchidos gradativamente, à medida que novos pacientes são regulados para o serviço, conforme a demanda e os critérios definidos pelo sistema de regulação.
Além das sessões, os pacientes contam com o acompanhamento de uma equipe multiprofissional composta por médico nefrologista, psicólogo, assistentes sociais, nutricionista, farmacêuticos, enfermeiros e técnicos de Enfermagem. Ao todo, 25 profissionais atuam no Centro de Hemodiálise, incluindo recepcionistas, equipe de coordenação e profissionais do Serviço de Higiene e Limpeza (SHL).
De acordo com a enfermeira responsável pelo setor de Hemodiálise, Jenifer Ribeiro, este foi o 10º Centro de Hemodiálise entregue pelo Governo do Pará. O serviço tem capacidade para atender até 120 pacientes por mês, ampliando o acesso ao tratamento renal crônico e representando um avanço para a saúde da população local. “Só nos primeiros meses de 2025, já conseguimos realizar 1.057 sessões de hemodiálise e atender 44 pacientes regulados de outras localidades. É um marco que reforça o nosso compromisso com a ampliação e a qualidade do atendimento em saúde no estado”, destacou a enfermeira.
“O avanço dos serviços de hemodiálise no HGT representa mais um importante passo na melhoria do atendimento à saúde da nossa região. Conseguimos estruturar um centro moderno, com equipe qualificada e tecnologia adequada, para oferecer um tratamento ainda mais humanizado e eficiente aos pacientes renais crônicos. Continuamos trabalhando para ampliar o acesso e garantir a qualidade dos serviços prestados, sempre com foco no bem-estar da população”, afirmou o diretor-executivo Eduardo Pereira.
Serviço: O Hospital Regional Público dos Caetés integra a rede de saúde do Governo do Pará, administrado pelo Instituto Nacional de Desenvolvimento Social e Humano (INDSH) em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa).