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Verão Amazônico exige cuidados redobrados com pele e olhos devido à exposição ao sol, alerta CIIR

Centro reforça orientações para proteção solar, com atenção especial a crianças, idosos, pessoas com deficiência, albinismo e baixa visão

Por Ascom (Governo do Pará)
02/07/2025 15h33
“Prevenir é sempre melhor que remediar”, alerta Ivan Oliveira, que também incentiva os homens a cuidarem da saúde da pele e da visão.

Durante o período conhecido como Verão Amazônico, que vai de julho a novembro, o aumento da radiação solar e a redução das chuvas exigem atenção especial com a saúde da pele e dos olhos. Em Belém, o Centro Integrado de Inclusão e Reabilitação (CIIR) alerta a população sobre cuidados básicos e reforça a proteção para grupos mais vulneráveis, como crianças, idosos, pessoas com deficiência, com albinismo e baixa visão.

A dermatologista Juliana Bacellar, do CIIR, destaca que o primeiro passo é evitar a exposição direta ao sol entre 10h e 16h. "O uso de protetor solar com FPS acima de 50 é essencial. Para pessoas albinas, o ideal é FPS 70 ou mais, com reaplicação a cada duas horas, inclusive em dias nublados", orienta.

Juliana também recomenda o uso de barreiras físicas: roupas claras e de manga comprida, chapéus de aba larga, guarda-sóis e óculos com proteção UV. A hidratação também deve ser constante, com ingestão de água, sucos naturais e alimentação leve.

Em casos mais sensíveis, como o das pessoas albinas, a médica alerta para cuidados rigorosos. “Esse grupo tem a pele extremamente vulnerável ao sol. Além do filtro solar potente, devem usar roupas com proteção ultravioleta e chapéus adequados. A exposição solar deve ser evitada ao máximo, mesmo fora dos horários de pico.”

A especialista reforça ainda os sinais de alerta. Em crianças, vermelhidão intensa, bolhas ou ardência após exposição podem indicar queimaduras. Em idosos, feridas que não cicatrizam ou pintas que sangram merecem atenção médica imediata.

A oftalmologista Maria Maeve, especialista do CIIR, alerta sobre os riscos da radiação solar para os olhos.

Cuidados com a visão - A oftalmologista Maria Maeve, especialista em baixa visão, lembra que os olhos também sofrem com o excesso de luz solar. “O uso de óculos escuros com proteção UVA e UVB, de procedência confiável, é indispensável. Sombrinhas e chapéus também ajudam a proteger a visão”, recomenda.

Para usuários de lentes de contato, os cuidados devem ser redobrados. “Evite abrir os olhos ao mergulhar e sempre higienize corretamente as lentes após o uso”, completa. A exposição sem proteção pode acelerar o surgimento de catarata, provocar lesões na retina e agravar doenças oculares preexistentes.

Gabriela Souza, mãe da pequena Ana Gabrielly, compartilha os cuidados diários com a filha albina, usuária do CIIR

Rotina de proteção - A cuidadora Gabriela Souza, mãe da pequena Ana Gabrielly, de 10 anos, usuária albina atendida no CIIR, relata que a proteção solar faz parte do cotidiano da família. “Ela sempre está de óculos escuros e chapéu, e evitamos sair nos horários de sol forte. Até o banho dela é com água morna, para não irritar a pele”, conta.

Outro exemplo é o aposentado Ivan Oliveira, de 52 anos, que trata neurite óptica idiopática no centro. “Já viajei muito atrás de tratamento e aqui fui bem acolhido. Só enxergo com a visão periférica, mas sigo me cuidando: camisa de manga longa, chapéu e óculos escuros fazem parte da rotina”, diz. Ivan também deixa um recado: “Homem também precisa se cuidar. Usar protetor solar, óculos bons e visitar o oftalmologista. Prevenir é melhor que remediar.”

Dicas práticas para enfrentar o Verão Amazônico:

1. Evite o sol entre 10h e 16h;
2. Use protetor solar com FPS 50+ (ou 70+ para peles sensíveis);
3. Prefira roupas claras, de manga longa e com proteção UV;
4. Use chapéu, sombrinha e óculos escuros com filtro UVA/UVB;
5. Mantenha-se hidratado com água e alimentação leve;
6. Em caso de sinais na pele ou nos olhos, busque atendimento especializado.

Como acessar o CIIR

O CIIR é referência estadual na assistência de média e alta complexidade a Pessoas com Deficiência (PcD) visual, física, auditiva e intelectual. O atendimento é feito por meio de encaminhamento das unidades de saúde municipais, que solicitam avaliação via Sistema de Regulação Estadual (SER). O centro avalia cada caso com base no perfil do paciente.

Serviço: O Centro Integrado de Inclusão e Reabilitação é um órgão do Governo do Pará administrado pelo Instituto Nacional de Desenvolvimento Social e Humano (INDSH), em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa). Ele funciona na Rodovia Arthur Bernardes, n° 1.000, em Belém. Mais informações: (91) 4042-2157 /58 /59.

 

Texto: Tarcísio Barbosa (Ascom CIIR)