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Fapespa apoia selo "Amazônia Mulher", que fomenta a bioeconomia e o empoderamento feminino

Nesta quinta-feira (28), foram realizadas as primeiras dez certificações do selo, em evento ocorrido na capital paraense

Por Manuela Oliveira (FAPESPA)
28/08/2025 15h26
As dez primeiras contempladas foram certificadas durante a Conferência Estadual de Políticas para as Mulheres

Para valorizar e impulsionar o protagonismo das mulheres amazônidas, criando oportunidades de mercado, ampliando a visibilidade nacional e internacional, e promovendo o empoderamento econômico, por meio da produção de bioprodutos, com valorização dos saberes tradicionais, foi idealizado o selo "Amazônia Mulher". Trata-se de um projeto apoiado pela Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas (Fapespa), que, nesta quinta-feira (28), apresentou as dez primeiras certificações, durante a 7ª Conferência Estadual de Políticas para Mulheres, no Hotel Princesa Louçã, em Belém. 

Ao reconhecer mulheres empreendedoras que promovem práticas sustentáveis na região, o selo incentiva o desenvolvimento local e a preservação ambiental. Assim, o Selo "Amazônia Mulher" busca ser não apenas uma certificação, mas também um instrumento que proporciona visibilidade e fortalecimento da identidade amazônica. O projeto é composto ainda por um site, criado para consolidar as informações das associadas e ampliar o alcance dessas empreendedoras. 

"A Fapespa busca fortalecer projetos liderados por mulheres, incentivando o empoderamento da mulher dentro da ciência. E esse projeto, além de ser coordenado por mulheres, também abrange mulheres que trabalham com bioeconomia. Então, ele abarca pontos estratégicos para o Estado do Pará, aos quais a Fapespa se adequa", destacou a coordenadora de Ciência e Tecnologia da Fapespa, Carina Melo.

A coordenadora de Ciência e Tecnologia da Fapespa, Carina Melo, diz que a entidade busca fortalecer projetos liderados por mulheres

Fomentado pela Fapespa, por meio do edital Mulheres na Ciência, o selo "Amazônia Mulher" também conta com apoio da Secretaria de Estado das Mulheres (Semu), da Universidade Federal do Pará (UFPA) e da Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra). Hoje, já há 200 mulheres em fase de certificação, com previsão de entrega dos certificados no mês de novembro.

Bioeconomia

O selo "Amazônia Mulher" também se alinha ao Plano Estadual de Bioeconomia (PlanBio) e aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), preconizados pela Organização das Nações Unidas (ONU). Dessa forma, o investimento na bioeconomia e na criação de um selo que reconheça atividades econômicas lideradas por mulheres no Pará estimula a inovação e aumenta a competitividade regional e global.

Durante a certificação, a idealizadora do projeto, a professora da Ufra, Thaís Braga, engenheira ambiental e de energias renováveis, falou sobre a proposta: "Apesar dos avanços, ainda há escassez de instrumentos de reconhecimento formal que projetem as mulheres da Amazônia no mercado sustentável e inovador. Assim, o objetivo do projeto é chegar até mulheres empreendedoras da Amazônia que produzem da sua economia utilizando a bioeconomia, ou seja, todos aqueles produtos que são oriundos da biodiversidade amazônica". 

Com essa iniciativa, a Fapespa busca contribuir para reduzir as desigualdades de gênero na ciência e tecnologia

Mulheres na Ciência

O selo integra a chamada pública “Fortalecimento de Grupos de Pesquisa Liderados por Mulheres no Pará: Um Avanço na Equidade de Gênero na Ciência”. O certame foi direcionado a pesquisadoras líderes de grupos de pesquisa cadastradas no Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ) e vinculadas a instituições de Ciência, Tecnologia e Inovação (ICTs) sediadas no Estado, realizado em março de 2024.

Com essa iniciativa, a Fapespa busca contribuir para reduzir as desigualdades de gênero na ciência e tecnologia; fortalecer a capacidade de pesquisa das mulheres, estimular a participação das mulheres em áreas estratégicas para o desenvolvimento do Pará, entre outros. Os recursos financeiros disponíveis atendem às doze Regiões de Integração (RI) do Pará.

Trata-se da Chamada Pública N.º 003/2024, desenvolvida em articulação com a Semu, destinada ao público feminino, que contemplou dez projetos de pesquisa, cada um com um orçamento de R$ 600 mil, totalizando R$ 6 milhões em investimentos.

Missão – A Fapespa, como agência de fomento à ciência, tecnologia e inovação do Estado, tem atuado para promover a pluralidade e inclusão das mulheres cientistas, estudando e elaborando mais ações para aumentar a proporção de mulheres em espaços de visibilidade na ciência. Dessa forma, as propostas selecionadas receberam recursos financeiros para a execução do projeto de pesquisa e bolsas de Iniciação Científica e Pós-Doutorado.

“É importante que a Fapespa, como agência de fomento, elabore e execute ações que busquem colaborar para a equidade de gênero na ciência, alinhada, dessa forma, com a política do governo do Estado. Essa é mais uma ação que comprova o compromisso da instituição com a equidade de gênero”, completou Carina Melo.

O diretor presidente da Fapespa, Marcel Botelho, prestigiou a certificação

Confira a lista das dez primeiras mulheres certificadas com o selo: 
1. Hortência Maria Osaqui Floriano, da Fazenda Bacuri – Bragança;
2. Valdenise de Almeida Genu, do Ateliê Art’ Genuína – Belém;
3. Suzana Gonçalves de Araújo, do Suzana Araújo Ateliê – Marabá;
4. Carmen Silvia Setubal Reis Chaves, da Mega Artes Pará – Belém;
5. Acenet Andrade, da Flor do Igarapé – Ananindeua;
6. Luciana Augusta Leite de Lima, da Lu Artes com Feltro – Ananindeua;
7. Nádia Galvão Manaia, da Sumano Chic – Ponta de Pedras;
8. Maria Odete Ferreira da Silva, do Sítio São Bento – Bragança;
9. Coostafe, representada por Narayana Brotas – Ananindeua;
10. Gilmara das Neves Alves, da Chita Chic – Marabá.