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Poli Metropolitana reforça prevenção e cuidado contínuo com a saúde da mulher

Com 600 mamografias, 1.150 ultrassonografias e 120 biópsias de mama por mês, unidade garante serviços essenciais para a população feminina

Por Governo do Pará (SECOM)
02/10/2025 11h35
Movimento de usuários na Policlínica Metropolitana, em Belém, que assegura atendimentos pelo SUS

Outubro ganha destaque mundial como período de conscientização e mobilização em torno da prevenção, diagnóstico precoce e acesso ao tratamento. Em Belém, a Policlínica Metropolitana do Pará, unidade do Governo do Estado, reforça a importância do cuidado contínuo com a saúde da mulher, oferecendo serviços especializados em mastologia e exames de apoio.

Para a diretora técnica da unidade, Camylla Rocha, o compromisso da unidade é garantir esse cuidado de forma contínua. “O câncer de mama é o tipo mais incidente entre as mulheres brasileiras e, por isso, o mês de outubro se tornou símbolo da luta pela prevenção e diagnóstico precoce”, explica a médica.

“Na Policlínica Metropolitana, trabalhamos diariamente para acolher e cuidar das mulheres que procuram nosso serviço, oferecendo atendimento especializado em mastologia e ginecologia, totalmente gratuito pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O Outubro Rosa é um lembrete de que a prevenção e o diagnóstico precoce salvam vidas, mas esse cuidado deve acontecer durante todo o ano”, destaca Camylla Rocha.

Unidade assegura consultas médicas em mastologia e exames como mamografia, colposcopias, entre outros

Cuidados e prevenção

De acordo com o mastologista José Roberto de Sena Rodrigues, o primeiro passo começa em casa, com o autoexame. “O autoexame é um passo importante para que a mulher conheça o próprio corpo e perceba alterações que possam surgir nas mamas. Ele deve ser feito mensalmente, de preferência alguns dias após o fim da menstruação, quando as mamas estão menos sensíveis. O ideal é observar no espelho se há mudanças no formato ou na pele, palpar as mamas em pé e deitadas, e verificar também a região das axilas. Vale lembrar que o autoexame não substitui a consulta médica nem a mamografia, mas funciona como um aliado na detecção precoce”, orienta.

A mamografia continua sendo o principal exame de rastreamento. “Ela é indicada para mulheres entre 50 e 69 anos, devendo ser realizada a cada dois anos. Contudo, em casos de histórico familiar de câncer de mama ou achados clínicos suspeitos, o exame pode ser recomendado antes dessa faixa etária e com maior frequência, sempre sob orientação médica”, explica o especialista.

SINAIS

Outro alerta importante está nos sinais que não podem ser ignorados. “Os sinais que merecem atenção incluem presença de nódulos palpáveis, alterações na pele da mama, como retrações, vermelhidão ou aspecto de ‘casca de laranja’, secreção espontânea pelo mamilo — especialmente se for com sangue —, assimetria entre as mamas ou dor persistente. Ao perceber qualquer uma dessas alterações, é essencial procurar atendimento especializado o quanto antes”, reforça Rodrigues.

Estrutura

A Policlínica Metropolitana é gerenciada pelo Instituto de Saúde Social e Ambiental da Amazônia (ISSAA), em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde do Pará (Sespa), e conta com estrutura especializada para acolher pacientes. “Oferecemos consultas médicas em mastologia, exames de apoio ao diagnóstico como ultrassonografia de mama, mamografia e biópsias. Também realizamos colposcopias, exame ginecológico e contamos com equipe multiprofissional para orientar em todas as etapas do cuidado”, detalha.

Segundo o mastologista, o impacto emocional do diagnóstico também precisa de atenção. “O medo do câncer é a principal preocupação ao se detectar um nódulo. Nossa equipe atua de forma humanizada, esclarecendo que nem todo nódulo é maligno e que muitos são benignos, como fibroadenomas ou cistos. Explicamos os próximos passos, desde exames complementares até, se necessário, encaminhamento para tratamento especializado. Esse acolhimento é essencial para reduzir a ansiedade e oferecer segurança à paciente”, diz o médico.

O volume de atendimentos reforça a importância do serviço. “Na Policlínica Metropolitana, disponibilizamos mensalmente 600 mamografias, 1.150 exames de ultrassonografia geral e ainda 120 biópsias de mama, reforçando nosso papel fundamental na detecção precoce do câncer de mama e em outras condições mamárias”, pontua o mastologista.

Entre os tabus que ainda afastam mulheres da prevenção, ele destaca o medo e a desinformação. “Um dos maiores tabus ainda é o medo do diagnóstico, que leva muitas mulheres a evitarem consultas e exames. Outro é a ideia de que a doença atinge apenas quem tem histórico familiar, o que não é verdade: a maioria dos casos ocorre em mulheres sem parentes próximas com câncer de mama. Além disso, o estigma sobre a perda da mama ainda preocupa muitas pacientes, mas hoje existem diversas opções de tratamento e reconstrução mamária que preservam tanto a saúde quanto a autoestima”, ressalta.

Acesso

Para ter acesso ao serviço da Poli Metropolitana, o caminho começa na atenção básica. “A mulher deve procurar sua Unidade Básica de Saúde de referência, que, após avaliação médica, encaminhará o caso para a Central Estadual de Regulação. A partir daí, a paciente será direcionada à Policlínica Metropolitana para consultas e exames”, esclarece Rodrigues.

Texto de Roberta Paraense