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Fisioterapias e Terapias Ocupacionais reforçam atendimento multidisciplinar na Santa Casa

Atuações profissionais são indispensáveis no atendimento hospitalar

Por Samuel Mota (SANTA CASA)
14/10/2025 13h32

Pacientes internados nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) da Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará (FSCMPA) contam com equipes multiprofissionais especializadas, um avanço em termos de tratamento e nas equipes estão os fisioterapeutas e os terapeutas ocupacionais. Para a médica intensivista Nelma Machado, o paciente grave demanda múltiplos cuidados de diferentes áreas da saúde, o trabalho associado melhora os prognósticos e acelera a alta dos pacientes internados.

“A gente cria grupos de assistência individualizada todo dia, na beira do leito. É a equipe de referência ao lado do doente para que a gente consiga redobrar esse cuidado com o paciente e nesse olhar individualizado a gente faz o atendimento. O atendimento é uma rotina que busca o interesse maior de cada paciente”, relata a médica.

Esse referencial de atendimento ao paciente tem no trabalho do fisioterapeuta o seu reconhecimento na Santa Casa, diz Aureni de Araújo. “A Santa Casa por ser um hospital voltado ao ensino e assistência, tem possibilitado educação continuada em serviço, favorecendo a qualificação dos servidores fisioterapeutas”.  

“Assim a fisioterapia está inserida no meio hospitalar nas diversas clínicas com atenção voltada média e alta complexidade. Assistindo aos pacientes  desde a internação até sua alta com procedimentos baseados em evidências e pautados na segurança do paciente, além de favorecer uma estada humanizada ao paciente durante sua internação”, destaca Aureni.

Ester Miranda, terapeuta ocupacional da Fundação Santa Casa, informa que além de integrar a equipe multiprofissional, o terapeuta ocupacional possibilita a promoção da qualidade de vida e da autonomia do indivíduo, nas diferentes fases da vida. “Em ocupações como atividades de vida diária, educação, trabalho, brincar e participação social, por meio de estímulos motores, sensoriais, cognitivos, lúdicos, adaptações e estratégias de ambiência, além de contribuir para a adesão do paciente e de sua família ao tratamento”. 

Reinaldo da Silva Ferreira, fisioterapeuta, que gerencia o Núcleo Biopsicossocial da Fundação Santa Casa, relata que ao longo dos últimos anos, a presença de fisioterapeutas no ambiente hospitalar se expandiu, acompanhando os avanços tecnológicos e científicos na área da saúde.

“Equipamentos modernos, como ventiladores mecânicos e dispositivos de monitoração respiratória e técnicas como a ventilação não invasiva e a mobilização precoce, permitem uma intervenção mais eficaz, resultando em recuperação mais rápida e redução do tempo de internação do paciente”, diz Reinaldo.

Fernanda Lobato, terapeuta ocupacional, com atuação na área renal pediátrica da Santa Casa, diz que o trabalho do terapeuta no ambiente hospitalar favorece o acolhimento e a adaptação da criança ao seu processo de tratamento, principalmente relacionado à doença crônica, onde esse tratamento vai ser de longo prazo. “Toda a mudança que ocorre na rotina de vida e na rotina da criança e da família, precisa ser incorporada porque ela vai precisar agora se adaptar também a uma rotina hospitalar”. 

“O terapeuta por meio do vínculo terapêutico, por meio das abordagens peculiares da infância, que é o lúdico, brincar, a expressividade, ele favorece esse contato da criança com esse novo ambiente para ajudar ela a enfrentar o processo de tratamento, que muitas das vezes é bastante rígido, doloroso, e também contribui para que ela possa concluir”, afirma Fernanda Lobato.  

Elineth Valente, fisioterapeuta que coordena o Complexo Ambulatorial da Fundação Santa Casa, reforça que a fisioterapia e a terapia ocupacional se consolidaram, em especial na última década, como profissões de suma importância para a assistência integral à saúde da população. 

“Uma das vertentes de maior impacto no SUS é a universalidade, a equidade e a garantia de uma assistência de qualidade, e esses dois profissionais são imprescindíveis para que a população tenha este tipo de atendimento. Nós crescemos e avançamos em vários aspectos. A fisioterapia cresceu em áreas de atuação e especialidades, ampliando seu escopo de assistência e inserção” .  

Elineth informa ainda que a terapia ocupacional tem tido uma visibilidade surpreendente nos últimos anos, em especial por conta da alta demanda que tem tido, em especial, ao espectro autista. “Mas não só por isso, porque a sociedade se atentou para que esse profissional é capaz de devolver qualidade de vida e funcionalidade. Então, são duas categorias em franca evolução e que com certeza tem que ser vistas desta forma por todo o sistema de saúde, seja ele público ou privado”.

Para a fisioterapeuta Aureni de Araújo, a garantia do sucesso é sem dúvida pautado no aprimoramento contínuo e na ética. “É o que gera um profissional com qualificação e adequação para ser inserido de modo seguro nos diversos cenários  hospitalares e ou ambulatorial. E o importante é  ter conhecimento, habilidades e competências baseados na ética e pautados na humanização na assistência”. 

Referência - Na última segunda-feira (13), foi comemorado o Dia Nacional do Fisioterapeuta e do Terapeuta Ocupacional, a data foi escolhida por representar o dia da criação da duas profissões. Em janeiro de 2015, foi sancionada a Lei nº 13.084, que estabeleceu oficialmente a celebração da data em todo território nacional. Atualmente a Fundação Santa Casa conta com a força de trabalho de 78 Fisioterapeutas e 14 Terapeutas Ocupacionais.