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Governo do Pará fortalece políticas de segurança alimentar e combate ao desperdício

Programas estaduais ampliam apoio à agricultura familiar, incentivam produção sustentável e garantem acesso a alimentos de qualidade para milhares de paraenses

Por Giovanna Abreu (SECOM)
16/10/2025 17h30

Fortalecer a assistência técnica para a produção alimentícia, qualificar agricultores e manipuladores de alimentos e criar iniciativas para evitar desperdícios estão entre as principais estratégias do governo do Estado para incentivar a segurança alimentar e nutricional para a população paraense. 

A Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Pará (Emater-Pará) tem papel fundamental para impulsionar a cadeia, a partir do apoio à agricultura familiar com assistência técnica, capacitação, fomento à produção e apoio à comercialização. A coordenadora técnica, Cristiane Correa, informa que as ações incluem orientação sobre técnicas agrícolas sustentáveis, manejo do solo, criação de animais, e programas de incentivo, como o apoio à produção diversificada, à aquisição de alimentos e ao desenvolvimento de cadeias produtivas. 

“Realizamos cursos, oficinas, dias de campo e demonstrações técnicas para aprimorar o conhecimento dos agricultores, entre eles, sobre a produção de mudas, hortas em pequenos espaços, quintais produtivos, sistemas agroflorestais, aproveitamento integral de alimentos, boas práticas de produção. Incentivamos, especialmente, as práticas sustentáveis de produção, que garantem a segurança alimentar sem comprometer os recursos naturais e as gerações futuras”, destaca a coordenadora da Emater.

Agricultora familiar na produção de frutíferas diversificadas da Ilha de Mosqueiro, Gerlany Oliveira, que é atendida e acompanhada pela Emater há mais de 10 anos, atribui a essa assistência técnica a conquista da documentação necessária para acessar o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e fortalecer a comercialização. 

“Com isso, a gente conseguiu melhorar a renda da família, além de incentivar cada vez mais a produção saudável. Atualmente, nós não trabalhamos com substância química, nossos adubos são todos naturais. As ações da Emater ajudam muito a combater a insegurança alimentar no Estado. Com as orientações, nós começamos a produzir em quantidade maior, atraímos clientes e conquistamos a documentação de agricultor familiar, que nos permitiu o acesso a projetos”, conta.  

A Diretoria de Segurança Alimentar e Nutricional (Disan), da Secretaria de Estado de Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda (Seaster), é outro braço do Governo do Estado na missão de promover e executar a política de segurança alimentar e nutricional no Pará. 

“Desenvolvemos ações como o PAA, a partir do qual compramos a produção de agricultores e doamos para órgãos públicos e restaurantes populares. Mais de 64 mil famílias já foram atendidas. Também atuamos com a implantação de tecnologias sociais. Hoje em dia, 17 municípios do Marajó contam com cisternas nas escolas, com a garantia de água de qualidade aos usuários. Nossa atuação também é voltada para o fomento rural e garante que famílias executem projetos produtivos e aumentem a renda”, pontua Maria de Nazaré Costa, diretora de Segurança Alimentar e Nutricional da Seaster.

EVITAR DESPERDÍCIO – O presidente das Centrais de Abastecimento do Pará (Ceasa), Raimundo Santos Júnior, explica que o programa Banco de Alimentos é uma das iniciativas promovidas pelo órgão para evitar o desperdício de alimentos no mercado.

“Por muito tempo, toneladas diárias de alimentos, que não eram comercializados na Ceasa, eram desperdiçadas. Ao identificar essa situação, lançamos o programa de aproveitamento de alimentos que não foram comercializados, mas estão próprios para consumo. Condicionamos esses gêneros alimentícios em cestas e entregamos para pessoas em situação de vulnerabilidade, atendendo diversas associações que trabalham com pessoas em situação de insegurança alimentar. Mais de 400 mil pessoas já foram contempladas. Dessa forma, atuamos no fomento de uma cultura de segurança alimentar, de conscientização alimentar e, principalmente, a gente combate a fome”, ressalta. 

Moradora do Bengui, em Belém, Sílvia Lima participou de uma das edições do curso ‘Cidadania no Prato’, iniciativa da Ceasa Pará, com foco no aproveitamento integral de alimentos, segurança alimentar e empreendedorismo para pessoas em situação de vulnerabilidade social. “Aprendemos a evitar desperdícios e aproveitar tudo que é alimento. Foram conhecimentos de grande valia, que fazem a diferença no dia a dia, seja no manuseio, conservação ou higienização da comida. Só temos a agradecer pela iniciativa”, finaliza. 

DATA COMEMORATIVA - Criado em 1981, marcando também o surgimento da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO), 16 de outubro, Dia Mundial da Alimentação tem como objetivo propor uma reflexão sobre a importância dos alimentos e também fazer um apelo para garantir a segurança alimentar e nutricional em todo o mundo, o que envolve uma alimentação saudável, acessível e de qualidade.