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No Oncológico Infantil, palestras conscientizam sobre sinais e sintomas do câncer de mama

Programação alusiva ao Outubro Rosa orientou colaboradores e responsáveis dos pacientes atendidos na unidade

Por Governo do Pará (SECOM)
30/10/2025 17h49
Palestras foram realizadas na recepção da unidade e no auditório da instituição

Temas voltados à prevenção, diagnóstico e tratamento do câncer de mama foram abordados em palestras realizadas nesta quarta (29) e quinta-feira (30), no Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo (Hoiol), em Belém. As atividades ocorreram no auditório e na recepção da unidade, e promoveram a conscientização sobre a neoplasia que acomete majoritariamente mulheres adultas, perfil predominante entre colaboradoras, familiares de crianças e adolescentes em tratamento.

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), o câncer de mama continua sendo o tipo que mais causa mortes entre mulheres no Brasil. Para este ano, a estimativa é de 73.610 novos casos da doença. Em 2025, o Ministério da Saúde (MS) ampliou a faixa etária para o rastreamento ativo no Sistema Único de Saúde (SUS) e, atualmente, recomenda a mamografia para mulheres dos 40 até os 74 anos, mesmo sem sinais ou sintomas de neoplasia na mama.

A enfermeira do Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (Sesmt) do Hoiol, Rosinete Soares, destaca que o conhecimento e o autocuidado são fundamentais para identificar sinais da doença precocemente. “Em apoio à campanha Outubro Rosa, o Hoiol idealizou esses momentos para orientar tanto as colaboradoras quanto as acompanhantes dos usuários. O conhecimento ajuda na prevenção e na busca de um diagnóstico precoce. Além disso, a informação correta derruba mitos, ameniza os medos e vem para nos mostrar que o cuidado deve começar antes da doença", disse.

As palestras abordaram ainda fatores de risco, como o excesso de peso, o sedentarismo e o consumo de álcool. Vestindo um acessório de crochê que representava as mamas, a palestrante também demonstrou como deve ser feito o autoexame e explicou quais sinais merecem atenção. “É preciso buscar orientação médica ao notar alterações na pele, nódulos, assimetria mamária, secreção e dor", alertou Rosinete. 

Colaboradoras do Hoiol integram série de palestras alusivas ao Outubro Rosa, mês de conscientização sobre o câncer de mama

A equipe da unidade também apresentou uma dança educativa, que ilustrou o passo a passo do autoexame das mamas, e ajudou a fixar a importância da prevenção e do diagnóstico precoce. “A apresentação lúdica facilita a memorização do que a mulher precisa observar e palpar para identificar alterações. Os passos e a batida da música são tão simples quanto o exame", acrescentou a palestrante.

Entre as participantes, a colaboradora Joyce Wanzeler, 43 anos, líder do Serviço de Atendimento ao Usuário do Hoiol, compartilhou uma experiência pessoal. “Certa vez, bati acidentalmente a mama esquerda e notei alterações no tamanho, vermelhidão e dor. Eu fiquei bastante apreensiva, assim como minha família, que sofreu até eu decidir procurar ajuda médica. A especialista me acalmou e orientou sobre os passos que deveria seguir. Fiz os exames e descobri que não eram tumores cancerígenos, mas cistos líquidos. Eram quatro em uma mama e três na outra, todos palpáveis. E apesar de conhecer o autoexame, eu, assim como muitas mulheres, não tinha o hábito de palpar as mamas ou buscar  atentamente alguma alteração", contou.

Para Joyce, campanhas como o Outubro Rosa incentivam o cuidado. “A campanha vem para nos mostrar que precisamos colocar em prática o que aprendemos. E essas palestras, com demonstração lúdica sobre como deve ser feito o autoexame, são muito esclarecedoras. Eu falo abertamente sobre a minha experiência para que outras mulheres olhem atentamente para si mesmas. Consulte um médico e faça os exames de rastreamento regularmente. A prevenção e o diagnóstico precoce salvam vidas", afirmou Joyce.

Natural do município de Augusto Corrêa, nordeste paraense, a dona de casa Mara Alves, de 38 anos, acompanha o filho, Murilo, de dois anos, no tratamento contra a Leucemia Linfoblástica Aguda (LLA). Ela conta que desde o diagnóstico da criança, ocorrido há quatro meses, se dedica exclusivamente ao cuidado do filho e se via sem tempo para cuidar da própria saúde. "Com a palestra falando sobre a importância da prevenção e do autocuidado, reconheço que é essencial prestar atenção aos sintomas do nosso corpo e que é importante se cuidar. O autocuidado também é uma prevenção. Embora tenha feito um ultrassom da mama antes do nascimento do Murilo, vou ficar mais atenta, planejar e fazer exames preventivos, pois já estou chegando aos 40 (anos)", afirmou.

Mãe do paciente Murilo Alves, de 2 anos, a dona de casa Mara Alves acompanhou palestra realizada na recepção da unidade.

Serviço - Credenciado como Unidade de Alta Complexidade em Oncologia, o Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo é referência na região Norte no diagnóstico e tratamento especializado do câncer infantojuvenil, na faixa etária de 0 a 19 anos. A unidade é gerenciada pelo Instituto Diretrizes (ID), sob o contrato de gestão com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa).

Texto: Ellyson Ramos - Ascom Hoiol