Semas promove bioeconomia e apresenta resultados para Amazônia em painel
Secretária adjunta de Bioeconomia, Camille Bemerguy, destaca o Plano Estadual de Bioeconomia e o papel do novo Parque de Bioeconomia e Inovação
O Governo do Estado, através da Secretaria de Meio Ambiente, Clima e Sustentabilidade (Semas), reforçou seu protagonismo na agenda da bioeconomia durante o painel “Bioeconomia: o futuro sustentável da Amazônia”, promovido pelo Grupo Liberal, na quarta-feira (26), em Belém.
A secretária adjunta de Bioeconomia, da Semas, Camille Bemerguy, apresentou as bases estruturantes do Plano Estadual de Bioeconomia (PlanBio), seus resultados, investimentos e o papel estratégico do recém-inaugurado Parque de Bioeconomia e Inovação da Amazônia, instalado no Complexo Porto Futuro.
Camille destacou que o PlanBio é uma política construída de forma inédita no Pará, com a participação direta de indígenas, quilombolas, extrativistas, academia, setor privado, terceiro setor e governo. “O plano é projeção. Foi construído coletivamente, com todas as secretarias e diferentes atores sociais. Temos 123 ações previstas, com 80% já em implementação e cerca de 15% concluídas. Tudo é monitorado pela plataforma de transparência, permitindo que a sociedade acompanhe cada etapa.”
O Pará precisou definir com clareza o modelo de bioeconomia que deseja construir, estabelecendo bases e premissas que orientam a política. Governo, pesquisadores e entidades tiveram que fazer uma imersão nas comunidades que vivem do meio ambiente. “Para criar uma nova economia que mantenha a floresta, valorize o conhecimento tradicional e reposicione o Pará rumo à neutralidade de carbono, precisamos saber o que é e o que não é bioeconomia. O açaí é bioeconomia; sua monocultura, não. Essa definição é essencial para transformar a estrutura econômica.”, explicou Camille.
Ao longo de três anos de implementação, o Estado já investiu mais de R$ 900 milhões na área, impactando 400 mil pessoas e fortalecendo cerca de 5 mil negócios sustentáveis. Esse avanço só foi possível graças ao caráter participativo do plano, como a primeira política pública co-construída desse porte, com um ano inteiro de oficinas, escutas e visitas aos territórios. Isso permitiu compreender gargalos e necessidades reais para orientar ações efetivas.
Parque de Bioeconomia e Inovação: um ecossistema para escalar a economia da floresta
Camille explicou que, para dar escala à bioeconomia e integrar pesquisa, inovação, saber tradicional e empreendedorismo, o Estado lançou o Parque de Bioeconomia e Inovação da Amazônia, inaugurado no Complexo Porto Futuro. “Criamos um ecossistema que promove sinapses entre startups, investidores, comunidade científica e negócios comunitários. É um ambiente onde tradição e inovação se encontram, permitindo que produtos como o azeite de açaí ganhem escala e cheguem a novos mercados.”
O parque, segundo ela, surpreendeu delegações internacionais na COP, sendo reconhecido como uma aposta estratégica de longo prazo. “É um projeto ambicioso, que olha para o presente e para o futuro. Ele fortalece a bioeconomia tradicional e abre espaço para uma bioeconomia biotecnológica, baseada em pesquisas avançadas da nossa biodiversidade.”
Mensagem final e convite à sociedade
Encerrando a participação, Camille ressaltou o momento estratégico vivido pelo Pará: “Sou muito otimista. Estamos vivendo um momento único, e no pós-COP precisamos estar ainda mais unidos para dar visibilidade à bioeconomia. Ainda falhamos na comunicação, mas estamos aqui para superar isso. Convido todos a conhecerem o Parque de Bioeconomia e Inovação. A melhor propaganda é ir lá e ver. Entender a inteligência por trás desse espaço, que vai transformar a bioeconomia do Estado.”
Texto Lucas Maciel / Ascom Semas
