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Em Altamira, exame com sedação assegura conforto a pacientes com neuropatologias

Na Transamazônica, Hospital Regional da Transamazônica (HRPT) é o único público da região a oferecer serviço monitorado por equipe multiprofissional

Por Governo do Pará (SECOM)
18/12/2025 08h22
Hospital da Transamazônica adota método com anestesia para maior conforto de pacientes, após avaliações individuais

Pela primeira vez, Isaac Santos, 5 anos, fez um exame com sedação. O procedimento foi feito no Hospital Regional Público da Transamazônica (HRPT), em Altamira, sudoeste do Pará. O método proporciona mais conforto a pacientes com quadros como o de Isaac. Ele tem paralisia infantil, e dificuldade de controle sobre a coordenação motora, o que fazia com que, em outras épocas, fosse quase impossível realizar um eletroencefalograma, que monitora as atividades cerebrais a partir de eletrodos fixados na cabeça.

Mãe de Isaac, Antônia da Conceição Costa, confessa que ficou nervosa ao saber que o filho seria sedado antes do procedimento. “Eu fiquei preocupada porque é a primeira vez”. O eletro durou pouco mais de meia hora e os resultados servirão de base para tomada de decisão sobre o tratamento.

“A gente vem de seis em seis meses, estamos aqui para fazer o exame e voltar com o neuro para dizer o que está acontecendo”, conta Antônia Costa, que é dona de casa e mora em Pacajá, um dos nove municípios que têm assistência no maior hospital público do sudoeste paraense.

Mileide Medeiros Loureiro, enfermeira do Serviço de Apoio Diagnóstico e Terapêutico (SADT), explica que, com o método exclusivo oferecido pelo Regional da Transamazônica na rede pública, “na prática o paciente tem a continuidade do tratamento ou mesmo um diagnóstico”.

Os casos são avaliados individualmente, o que facilita que o hospital agende as consultas de acordo com o perfil. “Muitos são encaminhados pelo neuro. Aqui, quando a gente vê que o paciente está muito agitado, sem condição de fazer o exame conforme fluxo [assim como os demais usuários], a gente explica a situação e agenda uma data para o paciente”.

Na maioria dos casos, são crianças e adultos já atendidos no HRPT, como Iderly Santos Figueredo, 29 anos, com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Maria de Farias Santos, mãe do jovem, conta que “o tratamento é feito todo aqui, com neuro, cardiologista e os exames. Aqui tem o empenho da equipe. A gente mora no Pacajá e a cada seis meses a gente vem. O próprio Regional liga” para informar as etapas pelas quais Iderly deve passar.

A anestesista Viviane Wosny foi a médica responsável por acompanhar Isaac e Iderly, pacientes com perfis e idades diferentes, mas com um ponto em comum: não conseguiriam passar pela avaliação sem a anestesia.

“A anestesia traz conforto para que a criança possa realizar o exame de forma eficaz com segurança cardiológica e respiratória”, detalha a médica, sobre a sedação, que também é monitorada por aparelhos que indicam as atividades essenciais para o bom funcionamento do corpo. “O exame é solicitado aqui no Regional para diagnóstico de epilepsia e outros transtornos neurológicos”, conclui.                                       

Reconhecido nacionalmente por serviços essenciais, e acreditado com Excelência, pela Organização Nacional de Acreditação (ONA), o Hospital Regional Público da Transamazônica tem a humanização como um dos principais pilares. A avaliação com anestesia, disponibilizada às sextas-feiras, após avaliação da equipe de Enfermagem, reforça essa missão. “Eu trabalho aqui há seis anos, com pessoas que fazem esse tipo de exame. A gente contribui para que o exame seja de qualidade”, orgulha-se Maria do Socorro Caetano Moura, técnica em Enfermagem do setor.

Texto de Rômulo D’Castro