Pará reforça compromisso com economia de baixo carbono no encerramento do FPMAC 2025
Painéis abordaram bioeconomia, recuperação da vegetação nativa, combate a incêndios e governança ambiental
O governo do Estado do Pará, por meio de suas secretarias e órgãos ambientais, encerrou, nesta quinta-feira (18), o Fórum Paraense de Mudanças e Adaptação Climática (FPMAC 2025) com uma programação dedicada a apresentar os avanços e os próximos passos de suas principais políticas públicas voltadas para a sustentabilidade e o combate às mudanças climáticas. O segundo dia do evento foi marcado por painéis sobre o combate ao desmatamento, a bioeconomia e a recuperação da vegetação nativa, reafirmando o compromisso do Estado com a transição para uma economia de baixo carbono.
A coordenadora da Comissão de organização do FPMAC 2025, Natascha Penna, destacou a importância do evento para a causa ambiental, ressaltando que as temáticas abordadas refletem as entregas da política pública ambiental do Estado. Ela enfatizou que essas políticas estão ligadas a uma estrutura estadual de mudanças climáticas que envolve não apenas a Secretaria de Meio Ambiente, mas várias outras entidades com responsabilidade sobre adaptação e mitigação climática. Penna mencionou a apresentação de alternativas para uma economia de baixo carbono , como o programa de recuperação da vegetação nativa, programa da pecuária sustentável, programa território sustentáveis, plano de bioeconomia, ações de combate aos incêndios florestais, agendas construídas conjuntamente com outras secretarias de estado a exemplo do Iterpa, Adepará, Corpo de Bombeiros, Segup, Emater, Sepi, Seaf, Seirdh e outros órgãos.
Programação incentiva o diálogo participativo
A programação da manhã destacou a segurança ambiental e a gestão de recursos, começando com a Feira de Sociobioprodutos, que permaneceu aberta durante todo o segundo dia do evento. No Auditório Samaumeira, foram abordados temas como a Execução Operacional e Resultado no Combate aos Incêndios Florestais no Pará e a Iniciativa AdaptaCidades, que visa preparar os municípios para os impactos das alterações climáticas. O ponto alto foi a sessão sobre o SISREDD+ Pará, um mecanismo crucial para a redução de emissões por desmatamento e degradação florestal, com a apresentação de seus avanços e próximos passos para 2026. Paralelamente, no Auditório Castanheira, a discussão se concentrou na Governança Participativa na Amazônia, explorando os desafios e caminhos para a formação de Comitês de Bacias Hidrográficas no Pará.
Após o intervalo para almoço, foram abordadas as estratégias de desenvolvimento sustentável do Estado. No Auditório Samaumeira, foram apresentados os Avanços do Plano Estadual de Bioeconomia - 2025, demonstrando como o Pará está investindo em cadeias produtivas que valorizam a floresta em pé. Em seguida, o público acompanhou os Avanços do Plano Estadual de Recuperação da Vegetação Nativa (PRVN), que estabelece metas e ações para a restauração de áreas degradadas. No Auditório Castanheira, os temas foram a Regularização Ambiental e Restauro e o Programa de prevenção e combate a incêndios Florestais, reforçando a importância da conformidade legal e da proteção da biodiversidade.
A relevância prática do Fórum foi demonstrada pela participação ativa do público, como a da engenheira Sâmia Ramos, de Ourilândia do Norte, que aproveitou a ocasião para tirar dúvidas sobre o acesso ao sistema do AdaptaCidades com os painelistas Antônio Sousa e Caio Moreno. Para ela, os resultados dessas políticas públicas, ao ganharem maior abrangência, revelam o compromisso das instituições ambientais com o desenvolvimento sustentável.
