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SOCIOBIOECONOMIA

Semas entrega de equipamentos à Associação das Mulheres Extrativistas do Combu

A iniciativa alia licenciamento ambiental, práticas ESG e inclusão produtiva para fortalecer a produção em comunidades tradicionais

Por Jamille Leão (SEMAS)
28/12/2025 14h41

A Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Clima e Sustentabilidade (Semas) entregou equipamentos à Associação das Mulheres Extrativistas do Combu (AME) - uma das ilhas de Belém. A iniciativa reforça o fortalecimento das cadeias produtivas locais e a valorização do trabalho das mulheres extrativistas da região.

A ação integra estratégias do Governo do Pará voltadas à promoção da sociobioeconomia, à inclusão produtiva e ao desenvolvimento sustentável, aliando conservação ambiental e geração de renda para comunidades tradicionais.

Entrega dos equipamentos à AME

“Quando o licenciamento ambiental é pensado de forma estratégica, ele se transforma em um instrumento de desenvolvimento. Essa entrega mostra que é possível gerar impactos positivos reais para as comunidades, fortalecendo a produção local sem abrir mão da responsabilidade ambiental”, destacou o secretário-adjunto de Gestão e Regularidade Ambiental da Semas, Rodolpho Zahluth Bastos.

Articulação institucional - Os equipamentos foram entregues por equipes da Diretoria de Gestão Agrossilvipastoril (DGFLOR) e do Núcleo de Tecnologia Social e Resiliência Climática (Nutec), demonstrando a integração entre diferentes áreas da Semas na construção de políticas públicas voltadas ao fortalecimento da produção local.

 A iniciativa contou ainda com a colaboração dos empreendimentos LS Representações Comerciais Ltda. e MDP Transportes Ltda., licenciados pelo órgão ambiental e representados pela consultoria Green Forest, evidenciando o papel do licenciamento ambiental como instrumento de indução a ações socioambientais positivas.

ESG e benefícios concretos - A ação está alinhada às práticas ESG (Ambiental, Social e Governança), incorporadas aos processos de licenciamento ambiental conduzidos pela Semas. A ampliação dessas exigências, especialmente em setores como agropecuária e manejo florestal, tem permitido que condicionantes socioambientais resultem em benefícios concretos para comunidades tradicionais.

Nesse contexto, a DGFLOR e o Nutec, por meio do Programa Regulariza Pará, articularam a doação de mais de 20 itens à AME, incluindo equipamentos de escritório, como notebooks, mesas e cadeiras, além de utensílios industriais utilizados na produção de derivados de sementes florestais, como a andiroba.

Protagonismo feminino - Para a presidente da Associação das Mulheres Extrativistas do Combu, Daniele Sarmanho, a entrega representa um marco no fortalecimento da organização e no reconhecimento do trabalho desenvolvido pelas mulheres da comunidade.

“No início, enfrentamos muitas dificuldades por falta de estrutura adequada. Com o esforço coletivo das mulheres, o apoio da comunidade e parcerias como essa, conseguimos transformar desafios em oportunidades. Esses equipamentos fortalecem nosso trabalho e reafirmam a importância das mulheres extrativistas na conservação da Amazônia”, destacou Daniele Sarmanho.

Agenda ambiental - O diretor de Gestão Agrossilvipastoril, Luís André Absolão, ressaltou que a política ambiental precisa ir além da preservação dos recursos naturais. “Quando falamos de meio ambiente pensamos na fauna e na flora, mas é fundamental colocar as pessoas nesse mesmo patamar. São elas que vivem, cuidam e dependem desse território, e precisam ser fortalecidas para garantir o que é ser da Amazônia”, afirmou.

Segundo o secretário-adjunto Rodolpho Zahluth Bastos, o licenciamento ambiental tem se consolidado como um instrumento estratégico para conciliar responsabilidade socioambiental e fortalecimento da produção local. “As práticas adotadas no âmbito do licenciamento ambiental demonstram que é possível alinhar o interesse público ao fortalecimento das cadeias produtivas locais. A atuação das mulheres da AME materializa esse equilíbrio entre conservação ambiental, geração de renda e responsabilidade social do setor privado”, afirmou.

A Semas atua como mediadora, estabelecendo condicionantes socioambientais, conectando o setor produtivo às comunidades tradicionais e fomentando um modelo de desenvolvimento sustentável que gera benefícios reais para a população local.

A iniciativa evidencia que a conservação da Amazônia passa, necessariamente, pelo empoderamento das populações que vivem no território. A integração entre poder público, setor privado e comunidades tradicionais fortalece a sociobioeconomia e transforma desafios ambientais em oportunidades de desenvolvimento sustentável para a região.

Texto: Lucas Maciel - Ascom/Semas