Plano Estadual de Bioeconomia beneficia mais de 400 mil famílias no Pará
Política pioneira do governo do Estado impulsiona cadeias produtivas sustentáveis, gera renda e inspira modelo nacional que será apresentado na COP30
Pioneiro na elaboração de uma iniciativa que prevê soluções baseadas na natureza para transformar a economia, o governo do Pará já beneficiou mais de 2,3 mil negócios por meio do Plano Estadual de Bioeconomia (PlanBio), lançado há três anos. Cerca de R$ 9 bilhões foram movimentados em 13 cadeias produtivas, o que representa 3,8% do PIB do Estado. As ações do plano já impactaram mais de 400 mil famílias em todas as regiões do Pará, com investimentos que chegam a quase R$ 1 bilhão.
“O PlanBio do Pará se consolidou como uma das principais políticas públicas de transição para um novo modelo de desenvolvimento na Amazônia, que mobiliza a comunidade em torno de um só propósito: gerar valor a partir da floresta em pé. Temos cadeias produtivas sendo fortalecidas, novos arranjos de negócios sustentáveis surgindo e um Parque de Bioeconomia e Inovação da Amazônia que impulsiona e tem a missão de dar escala a tudo isso. O Pará é capaz de liderar um novo paradigma econômico, que alia conservação ambiental, inclusão social e crescimento com responsabilidade”, ressalta a secretária adjunta de Bioeconomia da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Clima e Sustentabilidade (Semas), Camille Bemerguy.
O PlanBio do Pará serviu de base e inspiração para a criação do Plano Nacional de Desenvolvimento da Bioeconomia, que será lançado durante a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30). A política de incentivos fiscais para bionegócios é uma das estratégias do governo para estimular o desenvolvimento da bioeconomia paraense, a partir da geração de empregos verdes, melhoria de renda e fortalecimento de uma economia mais sustentável e inclusiva.
Negócios que transformam – A empreendedora Juliana Monteiro, fundadora da JuCarepa, é uma das beneficiadas pelo PlanBio. A empresa trabalha com insumos da sociobioeconomia, especialmente o cumaru, e atua junto a extrativistas e agricultores familiares na transformação da semente do fruto em ingrediente para a indústria alimentícia, por meio de biotecnologia. O cumaru é transformado em pó, extrato e geleia, utilizados por indústrias de bebidas, chocolates, sorvetes, chás e também pelo consumidor final.
“O PlanBio é completamente inovador porque busca fortalecer a manutenção da floresta em pé e a nossa sociodiversidade, focando também nos negócios. A criação do Parque de Bioeconomia, por exemplo, é impactante. A partir do momento em que pequenas e médias empresas têm acesso a maquinários que normalmente não teriam, isso já é um salto muito grande, pois o grande paradigma da Amazônia é a verticalização da produção aqui mesmo no território, e o Parque é um grande incentivo para isso”, destaca Juliana.
Parque de Bioeconomia e Inovação da Amazônia – Em outubro, o governo do Estado entregou o mais diversificado complexo de desenvolvimento tecnológico em modelo de produção florestal do mundo: o Parque de Bioeconomia e Inovação da Amazônia. Instalado nos Armazéns 5 e 6 do antigo porto de Belém, no Complexo Porto Futuro, o espaço nasce como o maior polo do segmento na América Latina e o único parque tecnológico do planeta que utiliza o potencial da floresta para atender comunidades tradicionais e startups do setor.
Rotas e vitrines sustentáveis – Em parceria com a Associação dos Negócios da Sociobioeconomia da Amazônia (Assobio), a Semas realizou, em outubro, o evento Vitrine da Bioeconomia, que marcou o lançamento de duas iniciativas voltadas à valorização dos produtos e negócios sustentáveis da região: a Rota da Bioeconomia e a própria Vitrine da Bioeconomia. As ações integram um conjunto de 11 rotas temáticas previstas até o fim do próximo ano, com potencial para gerar mais de 200 mil visitações anuais e ampliar o alcance dos negócios sustentáveis do Pará.
Gestão e transparência – Para garantir a efetividade das ações, o governo do Estado desenvolveu uma plataforma que integra dados de 18 secretarias executoras de iniciativas ligadas ao PlanBio. Mensalmente, os órgãos inserem informações atualizadas sobre suas ações, incluindo volume de recursos aplicados, número de pessoas atendidas e projetos apoiados. O sistema fortalece a gestão, amplia a transparência e consolida um instrumento estratégico de monitoramento e avaliação contínua da política pública.
