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Polícia Científica participa de operação nacional de combate à crimes cibernéticos

A ação nacional ocorre em 12 estados e combate redes que estimulavam automutilação, compartilhavam pornografia infantil, praticavam ameaças e apologia ao nazismo

Por Monique Leão (Pol. Científica)
27/05/2025 16h45

Na manhã desta terça-feira (27), peritos e auxiliares técnicos da Gerência de Perícia em Informática (GPI), da Polícia Científica do Pará (PCEPA), participaram da Operação "Mão de Ferro II". A ação, de abrangência nacional, foi deflagrada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública e coordenada pela Polícia Civil em 12 estados. No Pará, a operação ocorreu nos municípios de Barcarena, Marabá e Canaã dos Carajás.

O objetivo da operação é combater redes criminosas que atuavam nas redes sociais - como WhatsApp, Telegram e Discord - promovendo e incentivando práticas como automutilação, ameaças, apologia ao nazismo e o compartilhamento de pornografia infantil. As investigações apontam que os grupos criminosos tinham como alvo principal crianças e adolescentes.

No Pará, a Polícia Científica prestou apoio técnico nas diligências com a perícia de dispositivos eletrônicos apreendidos com adolescentes. Em Barcarena, na Vila dos Cabanos, e em Marabá, foi apreendido um celular em cada localidade. Já em Canaã dos Carajás, foram recolhidos três dispositivos: um notebook, um pen drive e um celular. Todos os equipamentos serão submetidos a perícia especializada.

Conforme o perito criminal Marcelo Maués, os dispositivos passaram por vistorias preliminares nos locais das apreensões, mas uma análise aprofundada será realizada em laboratório. “Com o uso de ferramentas forenses, poderemos fazer a extração e análise detalhada dos dados. Esse processo é fundamental para a produção da prova pericial”, explicou.

O celular apreendido em Barcarena foi encaminhado para o laboratório forense da sede da PCEPA, em Belém. Já os materiais recolhidos em Canaã dos Carajás e Marabá seguiram para análise na Coordenadoria Regional de Marabá.

A delegada Thaís Albuquerque, da Delegacia da Vila dos Cabanos, ressaltou a importância da atuação da Polícia Científica no processo investigativo. “O papel da perícia é fundamental, pois é necessário garantir a cadeia de custódia. Os dispositivos apreendidos precisam ser encaminhados ao Judiciário com a comprovação de que todo o procedimento foi realizado de forma legal, sem qualquer tipo de manipulação”, afirmou.

Os adolescentes envolvidos foram conduzidos para prestar depoimento e seguem à disposição da Justiça.

Texto: Amanda Monteiro/ASCOM PCEPA