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Feira do Livro destaca projetos de educação ambiental da rede estadual de ensino

Seduc apresenta iniciativas sustentáveis desenvolvidas por estudantes de diversas regiões do Pará

Por Ivana Barreto (SEDUC)
20/08/2025 20h01

A Secretaria de Estado de Educação (Seduc) levou para a programação desta quarta-feira (20), na 28ª Feira Pan-Amazônica do Livro e das Multivozes, uma mostra especial com foco na educação ambiental. Estudantes da rede pública estadual apresentaram projetos sustentáveis e participaram de um plantio simbólico de mudas nativas na área externa do Hangar – Centro de Convenções da Amazônia, em Belém, reforçando o compromisso das escolas com a preservação ambiental e o protagonismo juvenil.

A ação reuniu mais de dez escolas da Região Metropolitana de Belém, Mosqueiro, Abaetetuba, Ananindeua e Salvaterra. Os temas abordaram desde hortas escolares automatizadas até empreendedorismo verde, compostagem, reciclagem de papel com sementes, ecombucas feitas com casca de coco, cidades sustentáveis, justiça climática, manejo de resíduos e valorização dos saberes tradicionais amazônicos.

Sustentabilidade e tecnologia no ambiente escolar

Sthefany Ramos, estudante da 3ª série do ensino médio da Escola Estadual Lauro Sodré, explicou como a integração entre sustentabilidade e tecnologia tem inspirado transformações dentro e fora da escola. “A nossa horta escolar é um projeto que já acontece há três anos e mostra para os alunos que é possível produzir o próprio alimento de forma sustentável. Desenvolvemos um sistema automatizado de irrigação e medição de umidade com a ajuda dos colegas da robótica. Isso inspira outros estudantes e famílias a reproduzirem a ideia em casa”, contou.

Sthefany Ramos, estudante da 3ª série do ensino médio da Escola Lauro Sodré

Já na Escola Ruth dos Santos Almeida, alunos apresentaram o uso de plantas medicinais na fabricação de aromatizadores, repelentes naturais e vasos ecológicos como parte de um projeto de compostagem. “Esses projetos ajudam a gente a pensar diferente e adotar práticas sustentáveis”, disse Layla Cristina, estudante da 1ª série do ensino médio.

O professor Arthur Silveira destacou que os projetos permitem aliar teoria e prática no ensino-aprendizagem. “Os projetos de sustentabilidade dão vida ao que ensinamos em sala. Trabalhamos desde a horta até a química verde, com compostagem e biofertilizantes. Isso motiva os alunos a aplicarem na prática o que aprendem”, afirmou.

Valorização dos saberes tradicionais do Marajó

O estande da Seduc também contou com a participação de estudantes quilombolas de Salvaterra, no arquipélago do Marajó, que apresentaram o projeto “Sabor Açaí”. A iniciativa valoriza os conhecimentos tradicionais no cultivo e processamento da fruta, essencial para a segurança alimentar e a economia local. “Trouxemos para o estande o nosso açaí e todo o conhecimento tradicional que existe por trás dele. O projeto foi um sucesso em sala de aula e hoje temos a alegria de compartilhar aqui, representando nossa comunidade”, destacou o professor Gleidson Melo.

Plantio simbólico marca compromisso com o futuro

Como parte da programação, estudantes da Escola Rural do Sistema Modular de Ensino (Some), de Abaetetuba, realizaram o plantio simbólico de mais de 15 mudas de espécies nativas, como pau-brasil, ipê e acapu. As árvores foram doadas ao espaço e permanecerão no entorno do Centro de Convenções como parte do legado ambiental da Feira.

Para Mauro Tavares, coordenador de Educação Ambiental da Seduc, a atividade reforça o papel formativo da educação. “O plantio é simbólico, mas representa um marco importante, que é valorizar o meio ambiente e a educação. Trazer os estudantes para este momento é dar significado àquilo que desenvolvem no território, unindo aprendizado e ações concretas pelo bem-estar ambiental”, destacou.

Educação ambiental como política pública

Desde o primeiro bimestre de 2024, a Secretaria de Estado de Educação (Seduc) oferece o componente curricular de Educação Ambiental em todas as etapas de ensino, de forma obrigatória, nas escolas da rede estadual. A política também está disponível para adesão dos municípios, conforme a Política Estadual de Educação para o Meio Ambiente, Sustentabilidade e Clima.