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Hospital da Mulher do Pará reforça combate à violência contra a mulher em ação no Terminal Rodoviário de Belém

O objetivo é dar visibilidade aos serviços disponibilizados pela rede proteção às mulheres vítimas de violência

Por Helen Alves (HMPA)
25/11/2025 15h28

Como parte das estratégias de responsabilidade social, o Hospital da Mulher do Pará (HMPA) realizou uma ação educativa no Terminal Rodoviário de Belém, no bairro de São Brás, nesta terça-feira (25), quando se lembra o Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra a Mulher. A iniciativa levou orientações com distribuição de material informativo para usuários do terminal.

A diretora-geral do HMPA, Nelma Machado, reforçou que ações externas são algumas das formas de ampliar o alcance da mensagem, destacando a importância da prevenção, da denúncia e dos serviços da rede de proteção às vítimas.

“Levar essa pauta para espaços públicos é uma forma de aproximar a informação das pessoas e quebrar o silêncio que ainda cerca a violência contra a mulher. Nosso compromisso é cuidar, orientar e mostrar que nenhuma mulher está sozinha. A conscientização é diária e todos podemos contribuir para uma sociedade mais segura e respeitosa”, afirmou.

Durante a atividade, diversas pessoas que transitavam pelo local compartilharam suas percepções sobre o tema. Entre elas, a técnica de oficina Vanelma Santos, 28 anos, moradora do município de Jacundá, que defende a realização de mais trabalhos com esse foco. “É importante relembrar, não só no dia especial, mas sempre. Vale investir na conscientização nas escolas, em qualquer lugar, porque falar sobre isso é fundamental”, disse. Mãe de um menino de nove anos, ela contou que já conversa com o filho sobre respeito às mulheres. “É a base, né? A gente orienta desde criança”, complementou.

A trabalhadora do terminal, Adriana Duarte, também aproveitou a ação para deixar um recado direto às mulheres. “Mulher, procura ajuda, denuncie, tem uma rede de proteção. Porque se não estiver certo seu relacionamento, saia fora, mas não vá apanhar”, alertou.

Para Lucilene Meireles, 35 anos, manicure e moradora de Baião, iniciativas como essa ajudam quem sofre calada. “Muitas mulheres não denunciam quando passam por situações de violência, porque não conseguem falar. E ações assim despertam coragem”, afirmou.

O atendente de lanchonete Gustavo Maia, 29 anos, ressaltou que muitas mulheres permanecem em relações abusivas. “Existem as que estão presas em relacionamentos por dependência emocional, às vezes, a falta de recursos, enfim, várias circunstâncias. Isso tudo leva a mulher se sujeitar a uma situação de violência. Campanhas assim chamam atenção para essas situações”, comentou.

Ele compartilhou ainda sua referência familiar. “Vim de uma mãe solo, que criou três filhos. Cresci vendo uma mulher guerreira. O respeito deve prevalecer dentro da sociedade. A mulher tem direito a conquistar seu espaço, estudar, crescer. É essencial que o homem entenda e respeite isso”, concluiu.  

A ação reforçou que o enfrentamento à violência contra a mulher é coletivo e contínuo, e que a circulação da informação em espaços públicos é mais um passo para fortalecer a proteção e a autonomia das mulheres.

Atendimento exclusivo - O Hospital da Mulher do Pará é primeiro da região Norte do Brasil a disponibilizar um serviço de urgência e emergência para o atendimento assistencial a mulheres vítimas de violência sexual e doméstica, integrado ao serviço da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Segup) com o totem de autoatendimento, equipamento voltado especialmente a mulheres que buscam auxílio da segurança pública para denunciar e/ou solicitar medidas protetivas.

Serviço: o Hospital da Mulher do Pará está localizado na Avenida Gentil Bittencourt, nº 2175, bairro de São Brás, em Belém.