Curro Velho recebe plenária da juventude sobre preservação dos biomas brasileiros
Iniciativa abordou as mudanças climáticas, defesa dos territórios, financiamento e outras questões que impactam diretamente à vida das pessoas
O Núcleo de Oficinas Curro Velho, sede da Cidades das Juventudes na COP30, foi sede da plenária das Juventudes na tarde da última terça-feira, 18. Realizada no teatro do Curro Velho, a plenária promoveu conversa com a juventude sobre a importância da preservação dos biomas e dos diversos “Brasis” que existem dentro do país.
Representantes internacionais, ministros e lideranças jovens conversam sobre as particularidades dos biomas e principalmente sobre financiamentos para garantia digna tanto do ambiente quanto das pessoas. Também, são abordadas as mudanças climáticas e os diversos cenários do Brasil, refletido em seus biomas.
São doze delegados, dois para cada bioma. O secretário geral da Organismo Internacional de Juventude (OIJ), Alexandre Pupo, apresentou números sobre a pauta climática. “A gente quis entrar nesse debate com um complexo de números, de fundos, de quem coloca dinheiro, porque a juventude estava fora desse debate. Dos fundos climáticos, criados no ambiente da COP, para financiar a transição, para financiar a adaptação, para financiar a mitigação, agora está sendo criado também um para as florestas, apenas um 0.76, desses fundos é aplicado para organizações lideradas por jovens”, disse Alexandre Pupo.
As representações dos biomas no local mostram como o retrato brasileiro deve ser visto com olhos atentos para as suas particularidades. A delegada do bioma Pampa, Paula Hahn, graduanda de relações internacionais, compartilhou durante a plenária, as particularidades de seu território e os desafios de se pensar métodos de financiamento, de mudanças ambientais e a segurança social, citando a segurança alimentar e econômica como fatores para pensar a preservação do território.
“Essa questão do financiamento é realmente um ponto chave, porque é necessário que a gente vá atrás, mas para que a gente consiga alcançá-la, nós precisamos também ter uma atuação mais coordenada, ativa e articulada dentro da sociedade civil do Pampa. Porque para enfrentar quem nós precisamos enfrentar e conquistar para conseguir o financiamento, ainda irá ter um longo caminho pela frente”, relata a representante do bioma pampa, acerca de pensar estratégias para preservar pensando numa visão macro, onde inclui para além do ambiental, as pessoas que vivem no local, disse Paula Hahn.
O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, se mostrou motivado com a participação jovem. “Sempre tinha ali um grupo da juventude cobrando a importância de também ter voz, ter condições de participação e para mim é uma alegria muito grande. o que vocês estão vivendo é algo certamente, é um para frente, nunca mais vocês serão os mesmos depois desse momento aqui. Eu fico muito feliz por isso”.
A participação da juventude nos debates das mudanças climáticas, defesa dos territórios, financiamento e outras questões debatidas na plenária revela a potência jovial nas decisões que impactam diretamente a vida das pessoas. São jovens refletindo sobre o cenário que já vivem com as mudanças climáticas, e articulando maneiras de mudar essa realidade.
Texto de Marcos Maia / Ascom FCP
