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Hemopa apresenta experiência pioneira de retrofit sustentável em painel da COP30

Fundação destaca projeto de retrofit sustentável que moderniza o prédio-sede e coloca a saúde pública do Pará na agenda climática da COP30

Por Aline Seabra (HEMOPA)
19/11/2025 22h50
O Hemopa apresentou na COP30 seu projeto pioneiro de retrofit sustentável do prédio-sede

A Fundação Centro de Hemoterapia e Hematologia do Pará (Hemopa) apresentou, nesta quarta-feira (19), na Green Zone da COP30, em Belém, sua experiência inédita de retrofit sustentável em prédio público. A instituição, vinculada à Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará (Sespa), é a única unidade de saúde da rede estadual com participação oficial na conferência, reforçando o compromisso do Governo do Pará em integrar inovação, gestão ambiental e serviços públicos essenciais.

Realizado na sala Castanheira, o painel reuniu especialistas do Hemopa para discutir como soluções de eficiência energética, bioeconomia e arquitetura sustentável podem transformar edifícios públicos da área da saúde. O retrofit do prédio-sede foi apresentado como um marco para o SUS no Pará, unindo tecnologia, humanização e redução de custos operacionais.

O painel destacou a Fundação como única unidade de saúde da rede estadual com participação oficial.

O presidente do Hemopa, Paulo André Castelo Branco Bezerra, destacou que levar o projeto à COP30 simboliza o protagonismo da Fundação como o primeiro hemocentro do Brasil a adotar um modelo completo de reabilitação ambiental. Segundo ele, a iniciativa “melhora o conforto térmico, qualifica os fluxos internos e cria um ambiente mais humanizado para servidores, doadores e pacientes”, ao integrar refrigeração de alta eficiência, energia solar e sistemas de captação de água. O dirigente reforçou que o retrofit representa “uma transformação física e operacional que reduz custos e eleva a qualidade da assistência”.

O administrador Luís Renato Franco Hagmann de Figueiredo detalhou que a Avaliação Pós-Ocupação (APO) foi decisiva para orientar as intervenções. Os achados identificaram, por exemplo, o excesso de calor absorvido pela cobertura, que comprometia a refrigeração e o desempenho energético do prédio. Também foram apontadas oportunidades de reaproveitamento de água e ajustes nas diferenças de temperatura entre setores internos. “Com o novo sistema de climatização e as melhorias no envoltório do prédio, corrigimos essas distorções e avançamos para alcançar a etiquetagem energética nível A”, afirmou.

O case reforça o papel da sustentabilidade na modernização dos serviços públicos de saúde

O painel também contou com a participação de representantes da Companhia de Habitação do Pará (Cohab), que apresentaram o Programa Sua Casa, iniciativa que utiliza tecnologias ecológicas e materiais regionais em habitação social. Embora o projeto tenha enriquecido o debate, o case do Hemopa permaneceu como centro da discussão sobre como serviços essenciais podem adotar práticas sustentáveis de forma consistente.

A mesa trouxe ainda o relato da Comunidade do Combu, apresentado pelo ativista social Paulo Cohen, demonstrando como soluções ecológicas vêm sendo incorporadas ao cotidiano ribeirinho.

Paulo André Bezerra – Presidente do Hemopa Destacou que o retrofit melhora conforto e reduz custos.

As iniciativas dialogam diretamente com os eixos estratégicos da COP30, como mitigação e adaptação às mudanças climáticas, cidades sustentáveis, transição justa e inovação baseada na bioeconomia. Com participação ativa na conferência, o Hemopa reafirma que sustentabilidade e saúde pública caminham juntas e que modernizar estruturas do SUS é fundamental para construir um futuro mais resiliente para a Amazônia.